Sabe aquelas flores que, pelo aroma agradam depois de instantes, mas pela exuberância, nos atraem instantaneamente? Então, delas cuidamos quando queremos que fiquem: em nossos jardins e vidas.
As pessoas são assim: cultivamos a companhia, como jardins bem regados. Algumas nos agradam em poucas palavras, duas conversas e já estamos tão envolvidos com o modo com o qual elas expelem suas verdades. Mas existem as pessoas que repelem, pelo simples fato de não pensarem como nós.
Existem aquelas flores que não surpreendem sob determinada perspectiva, entretanto, acabamos descobrindo que depois de cultivá-las, se tornam muito mais agradáveis, florescem despontando em cores púberes e aromas que rompem nossa visão limitada.
Em suma, as flores que afagam, podem ser espinhosas. Aquelas que amamos, um dia perdem o brilho. Entre umas e outras, há as não possuem vivacidade natural, mas ganham lucidez quando regadas. Se radiante, ela pode levar à cegueira, ofuscada, clama por vida.
As pessoas são como flores, nos motivando a amá-las e odiá-las pelo brilho ou falta dele, cor unificada ou mistura de tons, aroma ou neutralidade. Pela fluidez, ou força em resistir bravamente às intempéries do vento (vida). Independente de como são, flores e pessoas agigantam, preenchem, brilham. São recantos naturais para seres que extraem dali o que podem: o pólen, admiração e outras coisas.
O sentimento que fomentamos com as flores, revestido de zelo, preocupação com crescimento, capacidade de enxergar a graça e respeito, existe com as pessoas, pois cultivamos amizades para manter sempre acesa a luz do nosso jardim, sempre aberto o peito que serve de refúgio às borboletas, sempre disponível a terra que semeará o amor.