Voltando aos trabalhos após umas rápidas férias e para iniciar este ano de 2014 vamos tratar de um tema bastante espinhoso, a diferença abissal de filantropia e pilantropia.
O enorme abismo de diferenças entre filantropia e pilantropia
Filantropia
Filantropia significa humanitarismo, é um sentimento que faz com que os indivíduos ajudem outras pessoa. É um termo de origem grega, que significa “amor à humanidade”. Filantropia é a atitude de ajudar ao próximo, de fazer caridade através de donativos, roupas, comida, dinheiro etc.
O termo filantropia foi criado por um imperador romano, no ano de 363, pois achava que filantropia era característica de uma de suas atividades, como sinônimo de caridade, com o objetivo de ajudar as pessoas. A filantropia acontece de diversas maneiras, através de donativos para ONG’s (Organizações Não-Governamentais), comunidades, pessoas, ou apenas o fato de trabalhar para ajudar os demais, de forma direta ou indireta.
O conceito de filantropia é muito difundido hoje em dia e relacionado erroneamente as ações de responsabilidade social das empresas. Filantropia está muito mais ligado ao Terceiro Setor – que é fazer algo para as pessoas onde o governo não consegue chegar – do que as empresas, que fazem ações para contribuir para uma sociedade melhor, mas que podem também ser interpretadas como apenas um meio de fazer marketing (que pode ser social ou de causa).
A filantropia deveria ser algo sério, responsável, preservado. São cerca de 10 mil instituições que se beneficiam das isenções das contribuições sociais previstas nos artigos 22 e 23 da Lei 8.212, de 24.07.1991, desde que tenham o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social –CEBAS.
Pilantropia
Por outro lado, a pilantropia é justamente a degenerescência da filantropia, criando uma imagem negativa para as organizações sérias, honestas, corretas, sem fins lucrativos (como as santas casas de misericórdia).
Pelo que acompanhamos, não há controles externos e internos eficazes sobre as duas vertentes, filantrópicas e pilantrópicas, o que permite que as várias instituições filantrópicas sejam prejudicadas em razão das atividades escusas e que atendam apenas a interesses meramente individuais promovidas pelas instituições pilantrópicas.
Conheça algumas ONG’s para o bem, clique aqui.
A filantropia no Brasil desenvolveu-se extraordinariamente a partir de 1974, mas se esqueceram de criar mecanismos de acompanhamento, execução, controle e auditoria.
Sem mecanismos de controle, não sabemos se o mais carente, que é o público-alvo da filantropia, está sendo atendido.
E sem mecanismos de controle e fiscalização eficientes, tanto do estado como da própria população não conseguiremos promover a distinção e diferenciação necessárias das instituições filantrópicas das instituições pilantrópicas e por óbvio não conseguiremos separar o joio do trigo. Assim, a grande maioria das instituições verdadeiramente filantrópicas continuarão tendo enormes dificuldades em captar recursos e conseguir alcançar a credibilidade da sociedade.