Eu creio que estamos vivendo numa época em que há uma energia que nos cerca e nos faz buscar um propósito maior além de ganhar dinheiro ou adquirir bens. Por essa razão, fui em uma das reuniões que a Base Colaborativa (espaço de inovação social) faz todas quartas-feiras, onde ela traz duas pessoa que transformaram e impactam a sociedade.
Foi amor à primeira vista quando escutei sobre o projeto “Escola de Notícias.” Mas antes de falar desse empreendimento social, eu preciso falar do Tonny Marlon.
Escola de Notícias é um abraço e um encontro. Encontro de pessoas que acreditam numa educação que fortalece propósitos, não profissões.
O ponto de partida para o “Escola de Notícias” foi que Tonny viveu a sua infância numa cidade tão pequena que o único meio de comunicação com o mundo era através do rádio. A partir de sua vivência, o projeto nasceu com a essência de que “a comunicação é meio dos processos e não fim.” A comunicação é o que impulsiona a mudança.
Sua intenção não é mostrar uma ideia maniqueísta de que o Terceiro Setor é do bem e o outro é mal. É mostrar que o mundo não é econômico e sim humano e entender que não existe uma comunidade pobre e sim empobrecida de direitos.
Assim, Tonny e outros colaboradores, com o mesmo propósito e pensamento, uniram-se para criar uma nova narrativa para oferecer aos alunos de escolas públicas e privadas meios de aprender através dos meios de comunicação.
Este empreendimento social é dividido em 2 partes: há uma produtora, que comercializa produtos e serviços na área de comunicação (jornalismo, fotografia, audiovisual…) e informação de jovens. É um modelo de negócio sustentável. Essa produtora vende esses serviços, pega este recurso, paga a equipe e consegue reinvestir em outros projetos da própria Escola de Notícias, que são o Jornal Viver Campo Limpo e a Escola de Educação Comunitária.
Cada adolescente, dos 6 projetos oferecidos, é apadrinhado por alguém que o acompanha e incentiva.
Tonny entende que estamos vivendo uma Sustentabilidade Afetiva, que seria a procura de um propósito. Se para ser feliz é preciso renegar aos padrões da sociedade, ele o fez e apostou na monetização de seu talento.
Todo talento e habilidade vale alguma coisa. Dá para ser feliz no que fazemos desde que tenhamos um propósito.
No que você é bom? Qual seu talento?
Nós somos esse encontro de pessoas que viram na fotografia, no cinema, nas artes visuais, no vídeo, no jornalismo, a melhor e mais lúdica boa desculpa para sentarmos em roda e discutir qual é a nossa melhor versão a se colocar de pé, diariamente, para construir o mundo em que todos sonhalizamos dançar.
Você pode acompanhar o site da Base Colaborativa e o Facebook do Escola de Notícias.