Como fica seu coração quando vê um idoso pedindo esmola? Ou quando presencia crianças praticando pequenos delitos? Ou quando vê fotos de miseráveis no sertão nordestino? Muitos de nós somos tocados com essas cenas, mantemos nossa capacidade de indignação. Outros, já acostumados com tal realidade, já não reparam mais, parecem não se importar. E aí é que vem a questão: como despertar a compaixão nas pessoas e transformar esse sentimento em ação? Ação de doar recursos financeiros e tempo para melhorar a vida do nosso semelhante?
Pois bem, foi a partir de questionamentos assim que nasceu a Base Colaborativa.
Há cerca de 3 anos um grupo de amigos estava engajado em um bate papo mais profundo, quando percebeu que precisava mudar sua atitude em relação ao mundo e conseguir que outras pessoas também o fizessem. Decidiram criar uma associação, cujo objetivo fosse despertar o interesse no jovem em trabalhar pelo coletivo. Num mundo que valoriza tanto a individualismo, isso pareceu um tremendo desafio, mas foram em frente.
A primeira providência foi conseguir um espaço. Era preciso ter um local onde pudessem se reunir, trocar ideias e que fosse capaz de comportar mais pessoas, afinal o intuito era justamente o de difundir a conscientização. Depois, falando com amigos, dentro de suas casas ou utilizando a sua criatividade, conseguiram móveis. Com a casa estruturada, era necessário partir para a operacionalização – dividiram as tarefas e estruturaram o funcionamento. Decidiram que haveria pelo menos dois encontros semanais, um às segundas e outro às quartas-feiras, abertos a quem tivesse interesse.
Os encontros são a espinha dorsal da iniciativa. Nas segundas, discutem projetos em andamento e novas ideias, que variam muito em sua natureza. Um deles, o PorCausa, consiste em adquirir um cofre no formato de um porquinho, customizá-lo à sua maneira, escrever o nome da causa pela qual simpatiza no mesmo, e pedir contribuição financeira das pessoas para ajudar a financiar a ação em questão. Outros exemplos são o de reformar a biblioteca de uma escola pública para despertar o gosto pela leitura nas crianças, e outro é de realizar corridas beneficentes com o intuito de angariar fundos.
Nas quartas-feiras, o objetivo é trazer profissionais do mercado para que contem sua experiência em ações de impacto social. É uma ótima oportunidade de geração de conhecimento, pois os ouvintes aprendem como uma nova iniciativa tomou forma, como foi desenvolvida e quais têm sido os resultados obtidos. A partir daí podem aplicar o que ouviram nos seus projetos pessoais, podem ajudar a disseminar a informação ou mesmo fazer germinar aquela “sementinha que estava adormecida”, isto é, se inspirar e partir para a ação.
A Base tem um modo de atuação bastante interessante. Tem um papel muito importante no sentido de conectar pessoas que já estão mudando o mundo com pessoas que também querem fazer parte desse movimento. Outro ponto forte é que é muito aberta a novas pessoas e novas iniciativas. Se você tem algum projeto que quer colocar em prática, pode não apenas trocar ideias com os frequentadores e com os palestrantes, como também utilizar o espaço da casa sede e contar com suporte na divulgação. Também é possível trabalhar como voluntário, emprestando seus dotes para a organização, para a montagem e edição de filmes a respeito das ações, escrevendo para o blog, etc. E mais do que tudo, se você souber como despertar a compaixão no ser humano, e como fazer com que se conscientize de quanto sua participação para a sociedade é valiosa, escreva, apareça, tweet, mas, por favor, dê sua contribuição!
Para conhecer mais sobre a Base Colaborativa, dê uma olhada no site e no facebook.