Tradicionalmente, dentro das entidades sociais o captador de recursos é visto como um mobilizador, tendo na maioria das vezes que bater de porta em porta nas empresas para tornar possível a realização de um projeto social. Além disso, as equipes dos projetos acabam pensando que os captadores poderiam se envolver com mais profundidade no dia-a-dia dos programas realizados, mas sabemos que é um desafio e tanto se considerarmos a correria que a rotina acaba exigindo. Sabemos que parte disso pode ser verdade e que, de fato, esses ‘vendedores sociais’ poderiam se conectar mais com a realidade dos projetos.
O captador como agente de mudança
Nota-se que os captadores podem até se envolver mais com os projetos que planejam atrair recursos, conseguindo se comunicar diretamente com a equipe que os coordena visando definir indicadores assertivos de impacto social e que, ao mesmo tempo, sejam atraentes para os investidores sociais. Entretanto a sua principal função ainda é estar focado na captação, portanto a equipe de projetos tem a função de munir este profissional de argumentos e otimizar o tempo dele.
De fato, é um desafio conseguir se aprofundar nesse quesito, visto que muitas das entidades sociais ainda pecam na organização interna e gestão de dados. Isso faz com que as organizações que buscam se profissionalizar tenham um diferencial e tanto no sentido de atração e fidelização dos investimentos. Boas práticas ligadas a seleção de bons indicadores de impacto social e compilação dos dados fornecem subsídios para que o captador convença com mais propriedade o financiador a depositar a quantia desejada. Afinal, o captador de recursos vende a mudança positiva gerada na realidade e, se não houver o mínimo de organização para entregar dados verdadeiros e positivos, fica muito difícil de ilustrar o impacto prometido.
Oportunidade para aumento de conversão
De acordo com uma pesquisa realizada pelos nossos parceiros da PeaceLabs com mais de 200 OSCs no Brasil, 40% das entidades já tiveram investidores que descontinuaram o seu aporte. Esse resultado não é à toa. Se deixarmos em evidência o nível de satisfação com o processo atual de comprovar resultados, 67% das entidades sociais estão contentes como é feito atualmente, enquanto chocantes 5% dos investidores sociais aprova o modelo oferecido.
Dado todo esse contexto, a PeaceLabs criou um modelo de planilha (clique para acessar) que pode ajudar muito você, captador, a organizar a coleta de dados com os gestores dos projetos para que seja possível, ao menos, iniciar esta boa prática. Acreditamos que é realmente incrível a oportunidade que as instituições que buscam se profissionalizar internamente têm para aumentar a sua captação, ainda mais com a recuperação da economia. É nesse sentido que entendemos o real poder que o captador tem em suas mãos para se tornar um agente transformador, sendo um verdadeiro meio de campo entre a equipe de projetos e os seus investidores sociais.
Fonte: PeaceLabs*
*Plataforma online que auxilia entidades sociais a monitorar seus indicadores de impacto social, visando comprovar os seus resultados para fidelizar e captar investimentos.