Ler sempre te faz ir mais longe, mas certos títulos te transformam da cabeça aos pés, em todos os sentidos. “Dignidade” foi um desses comigo. Ele chegou de forma especial: fui sorteada na palestra da Eliane Brum sobre a história do livro.
Dignidade
“O mal prospera não só porque os homens perversos fazem o mal, mas porque os homens bons não fazem nada” Martin Luther King
Essa é uma das frases que está em um dos textos do livro e marca toda a leitura. Nove escritores foram convidados para conhecer o trabalho do Médicos Sem Fronteiras nos lugares mais remotos, diga-se esquecidos. A ideia é que cada um presenciasse as situações extremas em que os profissionais vivem e escrevessem uma obra de ficção. A ideia caiu por terra quando a realidade surpreendia qualquer ficção possível.
O livro foi lançado em 2011 pela editora Leya. Segundo Eliane Brum, uma das escritoras convidadas, o processo do texto foi um parto depois de voltar da Bolívia, onde as pessoas têm os maiores índices de doença de chagas do mundo. A enfermidade gera pobreza, já que as pessoas não tem força para trabalhar na lavoura e sofrem preconceitos por parte dos médicos quando procuram tratamento na capital.
Uma obra triste, mas que precisa ser conhecida e divulgada. Muitas doenças que estão fora da nossa realidade, mas que assolam milhões de pessoas mundo afora por falta de interesse da indústria farmacêutica ou falta de saneamento básico. E não é só na África, muita coisa está acontecendo aqui perto ou em nossos vizinhos.
Médicos Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional independente e comprometida em levar ajuda às pessoas que mais precisam sem discriminação de raça, religião ou convicções políticas. A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria.
Com apenas R$1,00 por dia, você pode ajudar várias pessoas. Conheça mais no site da organização. Sabia que dá pra ser voluntário virtual? Entenda aqui.