O website DailyFinance, da America Online, enumerou os melhores filmes relacionados a impostos. É claro que o mais lembrado é “The Untouchables” (Os Intocáveis – 1987), remake dirigido por Brian De Palma. Ganhador de um Oscar, o filme mostra a conhecida história do mafioso Al Capone, que, ao contrário do que muita gente pensa, não foi derrotado diretamente por Eliot Ness (Kevin Costner) e sua pesada equipe: Sean Connery, Robert De Niro, Andy Garcia e Charles Martin Smith. Os personagens não conseguiram encontrar um meio de botar as mãos em Capone por cometer crimes, mas sim pela dívida com o Fisco. A moral da história, diz o DailyFinance, é:
Não leve uma faca para uma briga com armas de fogo. E não leve uma arma de fogo para uma batalha contábil forense.
A comédia “Stranger Than Fiction” (Mais Estranho que a Ficção – 2006), traz Will Ferrell como um agente da Receita Federal (nos EUA, IRS – Internal Revenue Service) que um dia começa a ouvir uma voz desencarnada narrando a vida dele. Depois ele descobre que a voz é de um autor suicida que o criou como um personagem do seu último livro. Dessa vez a moral da história, para o DailyFinance, é:
Fiscais da Receita são pessoas de verdade, não são?
“Harry’s War” (A Guerra de Harry – 1981), estrelado por Edward Herrmann, é a história de um modesto carteiro. Modesto até que o Fisco pega sua tia favorita na malha fina. Quando ela morre de um ataque do coração em plena corte, Harry declara guerra ao governo e usa sua vasta coleção de apetrechos militares em seus seus ataques. Moral, segundo o DailyFinance:
Para uma guerra contra o Fisco, melhor usar um tanque.
“The Adventures of Robin Hood” (As Aventuras de Robin Hood – 1938) é uma história protagonizada por Errol Flyn. A sinopse do DailyFinance diz: “é duro quando o seu rei está preso, seu irmão está conspirando para tomar controle do país e outro idiota ainda está prendendo e saqueando a população. Mas a gota d’água são os onerosos impostos que o Príncipe John decide arrecadar no país. Imagine se Robin Hood e seu bando não são populares entre a população local!”. Moral:
aumento de impostos + arqueiros habilidosos = ocupar a Floresta de Sherwood.
https://www.youtube.com/watch?v=Ist_bZLP9u4
Em “Dinner for Schmucks” (Um Jantar para Imbecis – 2010) Steve Carell e Paul Rudd participam de uma trama que mostra um olhar interessante sobre alguns fiscais desajustados da Receita. Tim (Rudd) é um executivo em ascensão que encontra em Barry (Carell), seu empregado, a pessoa perfeita para participar de um evento chamado “Jantar para Idiotas”. É um acontecimento onde pessoas ricas poderão judiar das humildes. Segundo o DailyFinance, a moral da história é:
Lado ruim: se você pagar menos que o devido ao Fisco, pagará juros. Lado bom: a Receita não vai quebrar a sua cara.
Só assistindo pra entender.
No filme “Say Anything” (Diga Alguma Coisa – 1989), de Cameron Crowe, o caminho do amor adolescente é cheio de obstáculos. Mas, com a ajuda de um rádio-gravador, uma música de Peter Gabriel e uma investigação da Receita, o protagonista, Lloyd Dobler (John Cusack), luta pelo amor de Diane Court (Ione Skye) a contragosto do pai dela. Moral:
Se você quer manter sua filha longe dos malandros, assegure-se de ter pago seus impostos – e não vá pra cadeia.
Já dá para imaginar o que aconteceu a Papai.
“Slap Shot” (Vale Tudo – 1977), com Paul Newmann, mostra a ascenção de uma fracassada equipe de hóquei no gelo. Mesmo depois de o time obter fama e sucesso, a dona da equipe resolve encerrar a empresa em vez de vendê-la. Por quê? Porque assim ela conseguiria amortizar uma dívida contraída junto ao Fisco. Moral:
O hóquei dos velhos tempos não é páreo para a contabilidade dos velhos tempos.
Um jovem aprendiz de ourives (estrelado por Hal Stalmaster) que se junta à Revolução Americana, “Johnny Tremain” (personagem homônimo do filme exibido no Brasil como “Audácia de um Rebelde” – 1957), se apaixona, aprende a atirar, aconselha-se com grandes patriotas e trabalha no descarregamento de chá no porto de Boston. O filme dá um tom bem Disney ao nascimento da América. Moral:
Boston era um lugar monótono até a taxação sem representação começar a aborrecer a população local.
Explicando: O DailyFinance se refere ao impasse entre as colônias britânicas americanas e a Grã-Bretanha, que queria cobrar impostos da população da América sem que ela ao menos tivesse representação política. Entre 1750 e 1760, inclusive, surgiu o slogan: “No taxation without representation”. Imposto também é cultura!
“The Blues Brothers” (Os Irmãos Cara de Pau – 1980) é um daqueles filmes que a televisão passou centenas de vezes. É a história estrelada por John Belushi e Dan Aykroyd, que no meio de muita confusão, tentam ajudar um orfanato a levantar dinheiro para pagar impostos atrasados e não fechar as portas. Tudo na base de muito blues. Moral da história:
Nada melhor que a ameaça do Fisco para reunir a banda.