Zumbi ficou conhecido pela resistência e assistência. Estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco.
Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, ele fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. “Zumbi” significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
Por que a data é importante?
Acontece que no período colonial até meados dos anos trinta do século 20, o tratamento dado aos negros no Brasil era desumano, sem reconhecê-los como sujeitos de direitos. Com o fim da escravidão em 1888, século 19, os negros ficaram livres, mas presos em sua liberdade. Não tendo para onde ir, uma vez que seus “donos” os alforriaram, ficaram em dezenas pelas ruas do Rio de Janeiro buscando os casarões abandonados para serem suas moradas, enquanto outros iam pegar os latões que chegavam com mercadorias nos portos e utilizavam esses latões para construírem os seus barracos nos morros, dando início ao processo de favelização até hoje existente.
Por desconhecimento, o Dia da Consciência Negra ainda causa raiva para alguns. A data não é comemorativa, mas sim um ponto de luta e resistência. A data é importante porque, de acordo com a Anistia Internacional, “em 2012, 56.000 pessoas foram assassinadas no Brasil. Destas, 30.000 são jovens entre 15 a 29 anos e, desse total, 77% são negros. A maioria dos homicídios é praticado por armas de fogo, e menos de 8% dos casos chegam a ser julgados.”
Conheça a campanha Queremos ver os jovens vivos e assine! Lute por um mundo de igualdade!