Hoje, 05 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Será que comemorar é mesmo a palavra? Estamos nos sentindo autossuficientes e independentes da terra, mas o ritmo das transformações no planeta é assustador.
Algumas pequenas mudanças individuais são importantes, mas mais importante é analisar o comportamento mecânico e habitual de milhões de pessoas que nem sempre pensam o porque. Isso diz respeito a padrões e estilos de vida adotados e cada vez mais empurrados goela a baixo do mundo – sim, é importante que o mundo inteiro pense igual, consuma a mesma coisa e não reflita sobre isso e nem pense nos seus próprios costumes. Por que essas tendências sempre vem de cima pra baixo? Por que nos é empurrado dia e noite necessidades não verdadeiras? Onde vamos parar com isso tudo?
É preciso repensar os padrões de consumo
Comecemos com o seguinte: 300 milhões de toneladas de todos os alimentos produzidos no mundo são jogadas no lixo enquanto você lê esse texto. Este desperdício custa à economia mundial a quantia impressionante de um trilhão de dólares anualmente. Regiões industrializadas são responsáveis por quase metade desse total.
Pensando nisso, percebemos que é assustador, mas é apenas a ponta do iceberg. Isso porque nosso sistema global de alimentos é responsável por 80% do desmatamento e é a principal causa da perda de espécies e de biodiversidade. O sistema também é o responsável por mais de 70% do consumo de água doce.
A verdade é que o nosso consumo global já é 1,5 maior que a capacidade da Terra de aguentar. Se a população e as tendências de consumo continuarem a crescer, a humanidade precisará do equivalente a dois planetas Terra para sustentar-se em 2030.
Esse indicador pisca em nossas cabeças dizendo: não conseguiremos manter nosso padrão de consumo em meio a esse cenário. O que fazer então? A ideia é trazer para a prática o que os economistas chamam de produtividade: fazer mais com menos. Isso significa que precisaremos mudar nosso sistema atual de extração, produção, consumo e desperdício para imitar os processos naturais onde não existe “sobra”.
A boa notícia é que isso já está acontecendo em partes da economia, embora não tão rápido como necessário. Hoje, 65 países deram início a economia verde e estratégias relacionadas.
Quem falou isso tudo foi o Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), em artigo sobre o que precisamos mudar no nosso padrão de consumo. Tudo parece grande, global, longe. Mas não é. Os hábitos que temos podem começar a ser alterados – quanto antes você faz isso, mas fácil é. Uma aliada nessa jornada pode ser a educação, tornando esses conceitos mais próximos das crianças e jovens.
Já temos lugares pensando nisso?
Felizmente, sim! Essa semana, por exemplo, Curitiba inaugurou uma sala de educação ambiental no Jardim Botânico. “Este espaço é moderno, interativo e tem como objetivo ampliar o atendimento ao visitante e reforçar as ações de educação ambiental, permitindo a reflexão sobre os problemas ambientais causados pela intervenção do ser humano e incentivar a prática de atitudes ambientalmente corretas”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima.
Não jogar comida fora e reutilizar os objetos são algumas das lições trabalhadas com os alunos. A interatividade da sala proporciona um aprendizado prazeroso e faz com que as crianças compreendam o mundo ao redor.
E você, o que tem feito para transformar o mundo ao redor? Comece repensando seus hábitos, seu estilo de vida e o que nele pode ser alterado. Pequenas mudanças, aos poucos, geram verdadeiras revoluções. Acredite e transforme!
Veja também:
Os 8 R’s da Sustentabilidade
#1 Refletir
#2 Reduzir
#3 Reutilizar
#4 Reciclar
#5 Respeitar
#6 Reparar
#7 Responsabilizar-se
#8 Repassar