De acordo com as funções básicas da administração, cabe aos dirigentes: o planejamento, a organização, a direção, e o controle das organizações pelas quais são responsáveis. Essa premissa diz respeito a qualquer empreendimento, inclusive aos voltados para fins sociais.
Conforme ressaltamos nos artigos anteriores, as Organizações do Terceiro Setor devem se utilizar de ferramentas e estratégias de gestão organizacional como alternativas de maximização de resultados e otimização de recursos, para que assim consigam desempenhar satisfatoriamente o seu papel perante a sociedade.
Vimos, também, que o sucesso na gestão se dá por conta de pessoas interessadas e capacitadas, que saibam se apropriar de ferramentas gerenciais, principalmente as técnicas e procedimentos específicos da área privada, adaptá-las, e aplicá-las ao Terceiro Setor, sem comprometimento de suas características próprias.
Portanto, para administrar, se deve ter em mente a busca pela eficiência, pela eficácia e pela efetividade. E não estamos aqui falando em aumento da produtividade ou o incremento do lucro. Nossa abordagem é sobre a importância de se utilizar o apoio das funções descritas acima, para poder tomar as decisões corretas no momento certo, e alcançar objetivos propostos.
Infelizmente, essas condições inerentes ao ato de gerenciar, ainda contrastam com o que se observa no dia a dia de muitas organizações do Terceiro Setor. Devido a suas características peculiares e à própria formação de seu corpo dirigente, mais voltado para as atividades finalísticas, não é raro verificar a gestão sendo exercida com base na intuição, na boa vontade, e no bom senso, carecendo muitas vezes de embasamento técnico em administração.
Nesse sentido, uma das ferramentas administrativas que pode ser empregada de maneira bastante simples e objetiva no Terceiro Setor é a análise dos pontos fortes e fracos da instituição, bem como a identificação das oportunidades e ameaças geradas pelo ambiente externo no qual está inserida.
Matriz SWOT
Essa ferramenta permite o diagnóstico dos pontos fracos e dos pontos fortes, internos e externos, das organizações, ou mesmo de projetos específicos, através de uma análise, que pode ser realizada de maneira individual ou no decorrer de um trabalho em grupo. Dela surgem valiosos subsídios para o planejamento e o processo decisório.
Em termos resumidos e práticos, a análise de cenário se divide em:
Ambiente interno – fatores internos da organização, sobre os quais podem ser adotadas iniciativas para potencializar ou minimizar seus efeitos.
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- Pontos Fortes – são denominados de Forças (Strengths);
- Pontos Fracos – são denominados de Fraquezas (Weaknesses).
Ambiente externo – fatores que ultrapassam o âmbito da organização e não podem ser influenciados por ela.
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- Pontos Fortes – são denominados de Oportunidades (Opportunities).
- Pontos Fracos – são denominados de Ameaças (Threats).
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A partir do levantamento dos pontos fortes, a entidade deve trabalhar para que estes sejam potencializados. Como exemplo, podemos citar: equipe capacitada e serviços de qualidade reconhecida pelo público (Força); alteração na legislação exigindo comprovação de capacidade técnica na gestão de projetos afins para recebimento de novos recursos públicos (Oportunidade).
Com referência aos pontos fracos, devem ser direcionados esforços para que estes sejam reduzidos ou eliminados. Por exemplo: a entidade não possui uma área ou pessoa preparada e atuante na captação de recursos (Fraqueza); surgimento de novas organizações com finalidades semelhantes, que passam a concorrer pelos mesmos recursos públicos e privados (Ameaça).
Com o diagnóstico em mãos, é hora de sentar e planejar o que deve ser feito!