“A não violência é a maior força que existe à disposição do ser humano. É mais poderosa do que qualquer arma de destruição inventada pelo ser humano, e por mais sofisticada que seja.”
O dia 2 de outubro foi escolhido pelas Organizações das Nações Unidas para representar o Dia Internacional da Não Violência. Isso se deve a Gandhi, também chamado de Mahatma (grande alma, alma iluminada) que nasceu neste dia. Trata-se de uma iniciativa voltada à educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.
Mahatma Gandhi foi um dos maiores líderes pacifistas da história, levando multidões a conhecer e a praticar o significado da não violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa vez, o líder indiano comentou:
“Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!”.
Quando, em certos momentos, a violência começou a se manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar seus seguidores a não fazer uso da violência.
Gandhi, após estudar direito na Inglaterra, foi trabalhar na África do Sul como advogado. Lá começaram as suas primeiras ações de protesto não-violento contra o racismo, baseadas na resistência pacífica e na não cooperação com as autoridades.
Ao fim de anos de luta, e depois de ter conseguido algumas melhorias para a comunidade indiana na África do Sul, decidiu voltar ao seu país de origem – a Índia – e lutar pela sua independência. O país era uma colônia do Império Britânico. Graças a seus esforços, a Índia conquistou a independência em 1947.
Os procedimentos e as formas de luta que Ghandi propôs e utilizou eram manifestações pacíficas, diálogos, testemunhos, petições, marchas, jejuns, greves de fome, orações e cooperação com os mais oprimidos.
Gandhi teve grande influência entre as comunidades religiosas hindus e muçulmanas da Índia.
Apesar de ter sido indicado cinco vezes entre 1937 e 1948, o pacifista que enfrentou o poder da Inglaterra nunca recebeu o prêmio Nobel da Paz. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comitê organizador do prêmio.
Por isso, trabalhar a cultura da não violência, principalmente nas escolas, é um objetivo fundamental da ONU. Isso faz com que as crianças valorizem princípios como o respeito, tolerância, diálogo e solidariedade. Afinal, a cultura da paz se constrói nas pequenas ações diárias.