Um convite para você ser feliz todos os dias durante 100 dias seguidos! Você topa? Essa é a proposta do desafio que virou febre na web: 100 happy days! Sim, é exatamente isso! Ver a beleza das pequenas coisas, das mais singelas, que tornam os nossos dias cheios de graça e que muitas vezes passam despercebidos na era das agendas lotadas.
O site lista uma série de benefícios que os desafiados têm ao seguirem o desafio: de melhora de humor a se apaixonar, quem fez diz que realmente a vida ficou mais colorida no período:
Me senti muito bem. Passei a valorizar as pequenas coisas. Quis participar do desafio por ser um projeto de alcance mundial, com intuito de debater a felicidade.
Nathalia Oncken, 28 anos
Nathalia levanta um ponto interessante. Mais do que inspirar pessoas a compartilharem seus melhores momentos, o desafio trás a tona um assunto bastante falado ultimamente: a felicidade. O que é ser feliz nos dias de hoje?
Bem antes da proposta 100happydays sonhar em existir, ouvi uma conversa entre duas mulheres na fila do banco, que me chamou atenção. Elas falavam do futuro com muita empolgação. Planejavam viagens, compra de carro novo e até lipoaspiração! Riam e demonstravam muita satisfação ao se imaginarem com as novas conquistas. Faziam planos para serem enfim felizes!
Na época, comecei a avaliar as minhas próprias atitudes. Eu também esperava acontecer algo na minha vida para me considerar feliz? Quantas pessoas são assim? Notei que tinha este vício, também queria algumas coisas para ser “finalmente” feliz. Cada hora vinha uma ideia diferente na minha cabeça para alcançar a felicidade. Percebi que mesmo sem querer, eu também era como aquelas mulheres. Fazia planos para o futuro e deixava de viver o presente.
O assunto parece manjado, debatido, virou até tema de novela, mas sempre dará Ibope. Sabe por quê? Porque é assim mesmo! Tem que estar sempre à tona. É muito fácil para gente deixar de ver o lado bom da vida, reclamar é vício e está no sangue! Faz parte da nossa cultura. Então, por mais que pareça saturado, não é! Funciona porque somos humanos e caímos na tentação de nos tornarmos os eternos pessimistas.
Em uma sociedade onde existem bolsas que custam R$ 20 mil reais, onde os padrões de beleza são cada vez mais rigorosos e onde o ter significa muitíssimo, enxergar o valor de um abraço, de um sorriso, do cheiro da chuva ou do cafezinho, tem seus méritos! Como tem!
Parece fácil, mas é difícil! Karla Watanabe, 34 anos ainda tenta seguir com o desafio apesar de deixar de compartilhar fotos em alguns dias: “Eu amei, comecei a ver a vida por outro ângulo. O problema é a correria. Não consigo postar fotos todos os dias.” Desabafa.
Eu não fiz e não tenho vontade de fazer, mas sempre que algo bom acontece no meu dia, me vem em mente a #100happydays! É automático! Não vou compartilhar nas redes sociais fotos dos meus momentos, não por falta de tempo, mas por achar que só o fato de eu reconhecer minhas doses diárias de felicidade já surte em mim o efeito que o desafio quer provocar. Não preciso publicar minhas fotos. Talvez seja mais legal eu colá-las na porta da minha geladeira ou fazer um grande painel na sala da minha casa. Mas será que se o desafio fosse esse as pessoas o cumpririam? Se não houvesse o público das mídias sociais sequer começariam?
Tenho minhas dúvidas de o quanto às pessoas realmente acreditam na proposta e de quanto isso se torna apenas mais um assunto para promoção pessoal. A felicidade precisa sempre ser compartilhada?
Conheça o projeto aqui.