 Artistas indígenas têm exposição de fotos no Museu da UFPA
  Artistas indígenas têm exposição de fotos no Museu da UFPA


Hoje, dia 17 de maio, é comemorado o Dia Internacional Contra a Homofobia. Foi nesse mesmo dia, em 1990, que a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde – embora ainda tenha gente que não tenha entendido isso. Foi a primeira vitória de uma batalha que é travada até hoje, 28 anos depois, pela comunidade LGBTQ+.
Diariamente somos impactados por notícias de crimes motivados por homofobia. No ano passado (2017), o Brasil registrou* 445 mortes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, o equivalente a uma morte a cada 19 horas. Isso representa um aumento de 30% dos casos em relação ao ano de 2016.
Quase três décadas depois da homossexualidade deixar de ser considerada uma doença, os casos de mortes ligados diretamente à homofobia ainda nos atingem dia após dia. A violência vem de quem menos se espera: pais, irmãos, amigos, colegas e tem uma só causa, a intolerância.
Separamos uma lista de 10 filmes em que podemos observar as trágicas consequências que a homofobia traz à comunidade LGBTQ+, familiares, amigos e para a sociedade como um todo.
O longa de 1999 é baseado na história real de Brandon Teena, um garoto que nasceu em um corpo biologicamente feminino, mas se identifica com o gênero masculino. Durante a trajetória do personagem, ele encontra vários desafios por ser um transexual em uma pequena comunidade rural. O filme rendeu o Oscar de melhor atriz para Hilary Swank, que interpretou Brandon.
Bobby é filho de Mary Griffith, uma devota cristã da Igreja Presbiteriana que criou os filhos rigorosamente de acordo com os ensinamentos de Deus. Quando Mary escuta rumores sobre a homossexualidade do filho se nega a aceitá-lo e pensa que Deus e a Igreja podem curar seu filho. Diante de tamanha rejeição, o garoto acaba entrando em depressão e decide sair de casa. No desenrolar da história, Mary acaba encontrando um diário do filho e começa a entender o que passava em sua mente e começa a ver a vida com outros olhos.
O filme nacional conta a história de Leonardo, um adolescente que luta contra dois tipos de preconceito. O garoto é cego e acaba se apaixonando por um colega de turma. A história é leve e simples, mas não deixa de explorar os problemas que a homofobia traz, incluindo o bullying, comumente sofrido por adolescentes.
Onde assistir: você pode alugar diretamente no YouTube.
O longa é uma cinebiografia de Lili Elbe, uma das primeiras pessoas a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual. Lili, ainda Einar, é casado com a pintora dinamarquesa Gerda e se descobre como mulher ao posar como modelo feminina para sua esposa. Durante sua descoberta, a esposa aceita sua transformação, mas percebe que perdeu a pessoa com quem se casou, partindo então para um outro romance.
Onde assistir: disponível no Netflix ou pelo YouTube.
O filme é uma cinebiografia do criptoanalista britânico Alan Turing, a quem é atribuído a invenção do primeiro computador. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e o matemático está em busca de decifrar os códigos da máquina Enigma usada pelos nazistas. Apesar de seu sucesso, Alan é condenado por sua homossexualidade e passa o resto de seus dias tomando remédios para controlar seus impulsos sexuais.
Onde assistir: disponível no Netflix ou pelo YouTube.
O longa é baseado no livro “Simon vs. a agenda Homo Sapiens” da autora Becky Albertalli e conta história do garoto de 17 anos, Simon Spier, que não assumiu sua homossexualidade para a família e para os amigos. Apesar de ser um filme “água com açúcar”, ele retrata o processo de admitir e contar para o mundo sobre a sua sexualidade.
Transamérica é um filme independente que conta a história de Bree, uma mulher transexual que, semanas antes de fazer a cirurgia de readequação sexual, descobre ter um filho de 17 anos, consequência de um relacionamento de quando ainda era homem. O garoto está em busca do pai para libertá-lo da prisão. Bree então vai até Nova York e o tira da cadeia. Sem revelar quem é, ela o convence a voltar com ela para casa e a história se desenrola a partir daí. O filme teve indicação ao Oscar e ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz para Felicity Huffman.
Milk é um filme que conta a história de Harvey Milk, o primeiro homossexual declarado a ser eleito para um cargo público, como membro da Câmara de Supervisores de São Francisco. Harvey foi um importante ativista pelos direitos dos gays, recebendo apoio inclusive de políticos conservadores. O filme foi indicado em 8 categorias no Oscar de 2009 e levou o prêmio por melhor ator e de melhor roteiro.
Onde assistir: você pode alugar diretamente no YouTube.
O filme conta a história de Laure, uma garota de 10 anos que esconde dos novos vizinhos que nasceu biologicamente menina. Um dia, Laure conhece Lisa e se apresenta a ela como Michaël, fazendo a garota acreditar que ela é um garoto. A partir desse dia, a vizinhança começa a conhecer Laure como Michaël e para manter essa “mentirinha”, a garota cria técnicas para se misturar com os garotos da redondeza. O filme explora a questão de gênero na infância com inocência e sensibilidade, criando um elo simples e delicado entre as duas crianças protagonistas.
Durante o governo de Margaret Tatcher, em 1984, os mineiros decidem entrar em greve. Um grupo de ativistas gays e lésbicas decide arrecadar dinheiro para enviar às famílias dos mineiros que precisam de ajuda financeira durante a greve. O problema é que o sindicato dos mineiros fica constrangido em receber o apoio financeiro. Sem perder o ânimo, os ativistas decidem entregar a doação pessoalmente e partem em direção ao País de Gales. Lá, a relação das duas comunidades se fortalece em prol de uma só causa.
Onde assistir: você pode alugar diretamente no YouTube.
Vencer o preconceito é um dos desafios lembrados no Dia Internacional Contra a Homofobia e falar sobre o assunto é fundamental nesse processo. Conhece mais algum filme que fala sobre o tema? Tem indicação de algum outro conteúdo para ajudar a enriquecer essa discussão? Comenta aqui embaixo.
Para completar, preparamos uma playlist incrível com músicas de todas as épocas e em vários idiomas, relacionadas à representatividade LGBTQ. Entre os artistas, estão Jade Baraldo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Martn’ália e Linn da Quebrada. Disponível no Spotify e no Deezer!
*Dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia).
Texto escrito por Isabelle Imay, designer na Nossa Causa
 Artistas indígenas têm exposição de fotos no Museu da UFPA
  Artistas indígenas têm exposição de fotos no Museu da UFPA
 Letalidade da Operação Contenção desrespeita comunidades, dizem ONGs
  Letalidade da Operação Contenção desrespeita comunidades, dizem ONGs
 Live debate efeitos da Reforma Tributária nas OSCs
  Live debate efeitos da Reforma Tributária nas OSCs
 Número de falantes de línguas indígenas aumenta quase 50% em 12 anos
  Número de falantes de línguas indígenas aumenta quase 50% em 12 anos

11 3251-4482
redacao@ongnews.com.br
Rua Manoel da Nóbrega, 354 – cj.32
Bela Vista | São Paulo–SP | CEP 04001-001
