As organizações LGBT são fundamentais para defender os direitos e o bem-estar da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, trangêneres queer, intersexuais, assexuais e agênero. Isso porque as ONGs LGBT promovem suporte em relação a questões mais amplas como legislação e recursos legais, até o suporte emocional e a promoção de ambientes seguros e inclusivos.
O relatório LGBTQIA+ em pauta, desenvolvido pela USP e lançado em 2021, aponta 43 lacunas nas políticas públicas federais em áreas como trabalho, educação, saúde e segurança pública.
Os dados são alarmantes: quase 85% dos estudantes trans não concluem o ensino médio; 35% das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais assassinadas em 2019 foram mortas em suas casas; 90% das unidades prisionais brasileiras não possuem ala ou cela exclusiva para pessoas LGBTQIA+.
Além disso, 20% das empresas brasileiras não contrata gays, lésbicas, travestis e transexuais em razão da sua orientação sexual e identidade de gênero.
Segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 20 milhões de brasileiras e brasileiros se identificam como pessoas LGBTQIA+. Ou seja, 10% da população do nosso país sofre discriminação sexual e/ou de gênero, mas pode contar com as organizações LGBT para apoiá-las.
A Aliança Nacional LGBTI+ é uma OSC pluripartidária que existe desde 2009, na forma de uma lista de discussão na internet, e desde 2016 em seu formato atual. É por meio de parcerias com pessoas físicas e jurídicas que atua no âmbito nacional com pessoas LGBTI+ e aliadas, bem como organizações das mais diversas naturezas interessadas em apoiar a causa LGBTI+.
A organização produz o Viveração Podcast para falar sobre saúde, sexualidade, HIV e cidadania focando especialmente em histórias e trajetórias de homens gays.
Além disso, tem como iniciativa o “Programa Cumpram-se a Constituição Federal e as Decisões do STF”, voltado para o aperfeiçoamento dos órgãos do Poder Público na aplicação das decisões do STF nas unidades federativas. O intuito é corrigir a discrepância entre a conquista dos direitos e sua efetivação.
O Instituto + Diversidade atua, especialmente, empoderando profissionalmente a comunidade LGBTQIA+. Entre as possibilidades, há a incubadora de negócios empreendedores, o edital LGBT+ Orgullho, em parceria com o Itaú-Unibanco, que promove projetos de empreendedorismo, geração de renda e emprego em todo o país. 35 iniciativas já foram apoiadas.
Em parceria com o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI, promovem a pesquisa HRC Equidade BR: Melhores Lugares para Pessoas LGBTI+ Trabalharem, que busca oferecer subsídios para que as organizações avaliem suas políticas e práticas com foco em ampliar a inclusão de pessoas LGBTI+ no local de trabalho.
A Casa 1, a terceira das organizações LGBT da nossa lista, está localizada na região central da cidade de São Paulo e oferece abrigo para pessoas expulsas de casa devido a sua orientação sexual ou identidade de gênero. Iniciada em 2017, a partir de um financiamento coletivo, já abrigaram cerca de 380 jovens LGBT+.
A Clínica Social Casa 1 oferece atendimento psicoterápico continuado, atendimento psiquiátrico, além de outras práticas de saúde.
Hoje também contam com o Galpão Casa 1, um centro cultural com atividades culturais e educativas, um lugar de experimentações e mudanças constantes.
A SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade é uma organização que existe desde 2001, localizada em Porto Alegre (RS). Suas ações têm como base os direitos humanos, com ênfase nos direitos sexuais e direitos reprodutivos, por meio da articulação das áreas de educação, saúde, cultura, justiça, assistência social, cultura e comunicação.
Promovem ações de incidência política e de controle social sobre as políticas públicas, bem como a realização de projetos de intervenção social. Complementarmente, trabalham com ações de advocacy e incidência política na luta pela emergência e consolidação de novos direitos e com foco especial na esfera da justiça criminal, com pessoas LGBTI+ privadas de liberdade e egressas do sistema penal.
O grupo também atua com produção de conteúdo e difusão de informações ligadas aos seus temas de trabalho. De maneira similar, são praticadas ações em âmbito local e nacional de pesquisa, criação, produção e difusão artística e cultural, com foco na cultura LGBTI+.
Nas áreas de educação e saúde, o acesso a direitos e cidadania é desenvolvido por meio de projetos de intervenção social e da realização de atividades educativas como oficinas, palestras e sensibilizações dirigidas a diversos públicos.
A organização foi formada em 2017 por mulheres LBTT+ migrantes e brasileiras que trabalham com enfoque comunitário, no apoio direto, na integração e na criação de redes de afeto para pessoas migrantes e refugiadas.
A equipe auxilia na confecção de documentos para a contratação e acompanha o processo de admissão, também auxilia em pedidos de equivalência de diploma. De maneira complementar, oferecem suporte na elaboração de currículos, em compilação de banco de talentos e oferecem oficinas informativas.
Também oferecem consultoria sobre gênero e sexualidade para empresas.
E aí, que tal apoiar uma dessas organizações LGBT hoje? Temos certeza que seu dia vai ser melhor, sabendo que fez a diferença para essa grande comunidade!
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