Dezembro Vermelho: Desconstruindo Estigmas sobre HIV

Redação
14 de dezembro de 2023
  • Terceiro Setor
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Apesar dos avanços na prevenção e tratamento, o estigma associado ao HIV ainda é um desafio urgente. Durante o Dezembro Vermelho, mês de luta contra a AIDS, o debate se dá não apenas em relação à prevenção, mas também sobre como combater o preconceito que persiste. A importância deste tema ultrapassa as barreiras da saúde física, tocando profundamente a saúde mental, inclusão social e promoção de direitos e políticas públicas.

O Dezembro Vermelho é uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre HIV e AIDS e como podemos desmistificar o estigma que afeta principalmente a comunidade LGBTQIAPN+. Nosso objetivo aqui é fortalecer o ativismo e ampliar o engajamento em torno desta causa.

Aproveite para conhecer a Agência de Notícias da Aids, um portal de informação e ativismo. Venha conosco mergulhar em uma busca por mudanças reais na maneira como lidamos com o HIV/AIDS na sociedade atual. Prepare-se para ser parte da transformação que queremos ver no mundo.

Dezembro Vermelho: entendendo o impacto e combatendo estigmas

Em 1988, seguindo a orientação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Ministério da Saúde estabeleceu o Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado anualmente em 1º de dezembro, como parte de um esforço para conscientizar a população brasileira sobre a Aids e o HIV.

Em 2017, o governo federal deu um passo adiante na promoção da conscientização e prevenção ao lançar a Lei 13.504, que institui a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV e à Aids, conhecida como Dezembro Vermelho. O nome desta iniciativa está vinculado à cor vermelha, símbolo da luta contra a doença e do respeito às pessoas soropositivas.

Durante o Dezembro Vermelho, esforços se multiplicam para educar, prevenir e combater o preconceito associado a essa condição. A conscientização é a chave: entender como o HIV é transmitido e como pode ser evitado. Além disso, essa campanha contribui significativamente para reduzir o estigma que ainda cerca as pessoas vivendo com AIDS, promovendo uma sociedade mais inclusiva e solidária.

Ao analisarmos o processo de construção ideológica em torno da doença, podemos perceber a noção da epidemia de AIDS como algo distante, um problema individual e de responsabilidade do outro, e não como uma questão social de saúde pública. O efeito disso é a discriminação e a criação de estereótipos e preconceitos, tornando o processo de prevenção parte da estratégia de controle de corpos e do medo social.

Desde os anos 80 até os dias atuais, é comum a associação da doença à comunidade LGBTQIAPN+, escondendo um problema que decorre de padrões da heteronormatividade, ofuscando o protagonismo de outras personagens importantes nesta luta, como as crianças, as pessoas cis e pessoas trans, as diversas mulheridades e masculinidades, etc. Assim, percebemos que além da doença, diversas opressões acabam por abafar o verdadeiro problema. Portanto, a informação correta é um poderoso aliado na prevenção e desmistificação do HIV.

Hoje contamos com diversas pessoas pesquisadoras sobre o tema, incluindo profissionais da comunidade LGBTQIAPN+, trazendo à luz lugares de fala em que a desmistificação de correlação direta, do conceito de morte são quebradas, e a ideia de uma vida e futuros possíveis se abre dentro do debate.

Ao abrir esse diálogo e combater a intolerância, incentivamos mais pessoas a buscarem informações sobre a doença e o mais importante, encorajamos o respeito, apoio e a empatia, elementos indispensáveis para quem enfrenta essa condição.

Desvendando Mitos sobre HIV/AIDS

Dezembro Vermelho é mais que um mês no calendário brasileiro; é um movimento global de conscientização sobre o HIV/AIDS. Uma campanha que nos lembra a importância de se retomar o significado das palavras e siglas! HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, causador da AIDS (da sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Agora, vamos a alguns destaques importantes: HIV não é sinônimo de AIDS. O vírus do HIV pode levar à AIDS, mas com o tratamento correto, muitas pessoas nunca desenvolvem essa condição. E aqui está a verdade: com os avanços atuais, viver com HIV é bem diferente do que era décadas atrás e do imaginário preconceituoso que ainda persiste.

E mais: esqueça a ideia de que só certos grupos estão em risco. Qualquer pessoa pode contrair o HIV, independentemente de gênero, idade ou orientação sexual. A prevenção vai além do uso de preservativos; abrange também a educação e o acesso a informações confiáveis, além de condições sanitárias e de saúde, fora todo aspecto social que qualquer doença carrega. É por isso que Dezembro Vermelho é tão relevante.

Lutar contra o estigma é parte essencial da batalha. Pessoas vivendo com HIV merecem respeito e apoio. Ao espalhar conhecimento, podemos fazer a diferença. Por isso, continue conosco, enviando sugestões, compartilhando nossos conteúdos. Junte-se a nós para desvendar mitos e apoiar quem pesquisa e propaga informações sobre HIV/AIDS de forma comprometida, humana e responsável

Conheça a Agência de Notícias da Aids

Criada em maio de 2003, a Agência de Notícias da Aids, é uma plataforma dedicada à divulgação diária de informações essenciais sobre a pandemia¹. O portal desempenha um papel crucial ao colaborar com jornalistas na disseminação de notícias relacionadas ao HIV/Aids em todo o Brasil.

A Agência de Notícias da Aids trabalha incansavelmente para oferecer atualizações diárias a jornalistas, ativistas e membros da comunidade científica. Profissionais de comunicação encontram na plataforma uma variedade de recursos, desde artigos assinados por especialistas em saúde até textos produzidos por pessoas que vivem com HIV/Aids. Essa diversidade de fontes contribui para uma cobertura informativa e humanizada.

¹O cenário atual da aids é caracterizado tanto por uma epidemia quanto pandemia, uma vez que a primeira refere-se, especialmente, ao número de casos em uma determinada população em relação ao esperado, e a segunda diz sobre a transmissão comunitária de um agente infeccioso em países de mais de um continente. Fonte: Jornal da USP

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