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Oportunizar o acesso a capacitações profissionais para jovens ribeirinhos é um dos principais objetivos do projeto Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas na Amazônia (DICARA) da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Há uma década, a iniciativa tem transformado a vida da juventude da floresta com temas como artesanato, informática, educação ambiental, empreendedorismo, corte de cabelo e manicure, violão, teclado, liderança jovem entre outras atividades de qualificação profissional.
O diferencial do DICARA é oportunizar a crianças e jovens de comunidades ribeirinhas o acesso à qualificação, preparando-os para o mercado de trabalho, sem precisar se deslocar para os centros urbanos. Com suas ações socioeducativas, a iniciativa já certificou, nos últimos seis anos, mais de 1,5 mil alunos em 66 cursos e mais de 1,3 mil pessoas em 30 oficinas.
Foi assim com Ana Santos, que morava na comunidade Maracarana, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, zona rural de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus. Aos 11 anos, Ana ingressou no DICARA e mudou suas perspectivas sobre sua comunidade e o próprio futuro.
“O DICARA mudou minha vida, porque eu sempre me desloquei da minha comunidade para fazer cursos e, com o projeto, passei a me integrar em várias atividades aqui mesmo dentro da RDS do Uatumã. Eu sei que muito do que eu tenho hoje na minha cabeça, da minha visão, foi por conta desse projeto. Grande parte do motivo de eu estar na área de comunicação é por causa do Dicara e das atividades que abracei dentro dele”, relata a jovem, que cursa jornalismo e administra os perfis nas redes sociais da comunidade Maracarana.
Além de proporcionar o acesso à qualificação, as atividades do DICARA também despertam o empoderamento e a valorização da cultura e saberes ribeirinhos. Segundo Ana, o projeto ajudou ela e outros jovens a enxergar novos horizontes em relação à educação e à profissão.
“Abriu meus olhos. Eu era uma criança que não queria viver mais na comunidade, queria ir para fora. Quando o DICARA entrou na minha vida, a minha visão sobre amar minha comunidade ampliou. Eu consegui entender que o ambiente onde eu vivo, no meio da Amazônia, é importante para o mundo todo. O DICARA trouxe cursos que as pessoas nem imaginavam que conseguiriam fazer um dia. Pessoas que esperavam só terminar o ensino médio tiveram sua visão ampliada, de que podemos sim ter mais perspectivas na vida, dentro da nossa comunidade”, disse.
Segundo a gerente do Programa de Educação para a Sustentabilidade (PES) da FAS, Fabiana Cunha, o projeto promoveu o acesso dos jovens a novas tecnologias e a inclusão digital para as comunidades.
“A iniciativa contribuiu nesse empoderamento e ampliação de horizontes para os jovens, mostrando que é possível ir além, sem perder as raízes ribeirinhas. Muitas das oficinas, como a de artesanato, por exemplo, ajudaram na geração de renda para os jovens e suas famílias, combinando as culturas e saberes ribeirinhos com o empreendedorismo. O DICARA veio justamente para desenvolver habilidades e potencialidades já existentes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da juventude da floresta”, afirma.
Fonte: FAS
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