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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com o Governo do Estado do Amazonas, realizou, no dia 13 de agosto, a Oficina de Planejamento de Comunicação para Resposta às Emergências de Estiagem. O evento, que aconteceu no auditório do Palacete Provincial, no centro de Manaus, contou com a participação de organizações do terceiro setor, assessores de comunicação e técnicos de diversas secretarias estaduais, além de representantes de instituições públicas e privadas.
A oficina, organizada em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), e financiamento da União Europeia, através do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária (ECHO, na sigla em inglês), teve como objetivo fortalecer a rede de comunicação e resposta às emergências climáticas no Amazonas, que tem enfrentado diversos desafios relacionados à estiagem e suas consequências.
Preparando a Comunicação em Situações de Emergência
O evento proporcionou um dia inteiro de discussões, planejamento e troca de experiências. A oficina foi estruturada em quatro módulos que abordaram desde o contexto local de estiagem até estratégias de comunicação de risco e engajamento comunitário.
A programação foi intensa e incluiu discussões sobre as características climáticas do Amazonas, os impactos da estiagem na saúde das comunidades, e as vulnerabilidades específicas das populações indígenas e ribeirinhas. Um dos focos principais foi o desenvolvimento de mensagens-chave e estratégias de comunicação e que possam ser adaptadas ao contexto local e às diversas audiências, incluindo crianças e adolescentes.
Debora Nandja, chefe do escritório do UNICEF em Manaus, ressaltou a importância do fortalecimento dos parceiros institucionais em cenários de emergência: “O UNICEF tem trabalhado incansavelmente para apoiar a implementação de medidas preventivas e de resposta às mudanças climáticas, com um foco especial nas crianças e adolescentes, comunidades ribeirinhas e indígenas. Este evento é mais uma etapa desse esforço contínuo para mitigar os impactos da seca na saúde, nutrição e acesso à água potável, além de proteger os mais vulneráveis contra a violência e garantir o acesso à educação.”
Parcerias e Estratégias de Comunicação
Além da presença de equipes da gestão pública das secretarias que compõem o comitê estadual de enfrentamento à estiagem, a oficina também contou com a presença de representantes de organizações da sociedade civil, organizações indígenas e representantes adolescentes e jovens. Essa ampla participação reflete a importância de uma abordagem colaborativa para enfrentar os desafios impostos pela estiagem.
Marcellus Campêlo, secretário da UGPE, destacou a importância da colaboração: “É um espaço de troca e planejamento conjunto de estratégias de comunicação e engajamento comunitário, ferramentas para atuação e criação de planos de ação, compartilhar métodos e conteúdo”, afirma.
Engajamento Comunitário e Mobilização
Um dos momentos mais significativos da oficina foi o módulo dedicado ao engajamento comunitário e à mobilização. Nele, foram discutidas estratégias para incentivar a participação ativa das comunidades na resposta às emergências. A utilização de canais adequados de comunicação e a importância da educação e sensibilização comunitária foram temas centrais, com exemplos práticos de campanhas de sucesso para líderes comunitários.
Ida Pietricovsky de Oliveira, especialista em Comunicação do UNICEF, comentou sobre a importância do engajamento comunitário: “Garantir que as comunidades estejam informadas e ativamente envolvidas nas ações de resposta é essencial para o sucesso de qualquer estratégia de comunicação de risco. Nossa meta é desenvolver planos de ação que sejam realistas e que possam ser implementados rapidamente em situações de crise.”
Encerramento e Próximos Passos
A oficina encerrou com uma discussão sobre a melhoria contínua e adaptação das estratégias de comunicação, culminando na elaboração de uma proposta de plano de ação. Este evento marcou um passo importante na preparação e fortalecimento das capacidades do Amazonas para enfrentar as emergências de estiagem.
Fonte: UNICEF
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