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A Secretária-geral do FUNBIO, Rosa Lemos de Sá, participou nesta quarta-feira (02), do 5º seminário para discutir os temas centrais da Cúpula dos Chefes de Estado do G20, realizado no Rio de Janeiro, no auditório do jornal O Globo. O encontro faz parte do projeto “G20 no Brasil”, uma iniciativa dos jornais O Globo, Valor Econômico e da rádio CBN.
O debate com o tema “Unindo esforços: como frear as mudanças climáticas e buscar a sustentabilidade ambiental” teve a participação de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Daniela Lerda, senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e Roberto Schaeffer, professor titular da Coppe-UFRJ e especialista em transição energética. A mediação foi conduzida por Daniela Chiaretti, repórter especial de meio ambiente do Valor Econômico.
Rosa ressaltou a importância do financiamento climático e a parceria com grandes fundos globais multilaterais.
“O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) e também o Fundo Verde do Clima (GCF, na sigla em inglês) são fundos que conseguem arrecadar volumes suficientes de recursos para poderem ser distribuídos para diversos países. O que fizeram recentemente, foram creditar instituições nacionais, que têm um conhecimento maior das políticas locais e têm uma capilaridade maior também para a execução. O FUNBIO conseguiu se creditar nos dois fundos. Eles vêm buscando mais agilidade com essa parceria com instituições nacionais e com a criação de novos fundos. Isso é uma contribuição muito importante, tanto para a questão climática, quanto para a questão da biodiversidade”, disse ela.
Os esforços do Brasil na redução do desmatamento foi o destaque da ministra Marina Silva. Em seu primeiro ano à frente do MMA, no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma diminuição de 21,8% na taxa consolidada do desmatamento na Amazônia Legal e queda de 9,2% no Pantanal.
“É preciso continuar no caminho do desmatamento zero e todos deveriam estar juntos nessa missão. Para que os setores industriais possam ter tempo para se adaptarem e também reduzirem suas emissões. Precisamos quebrar a inércia do resultado alcançado.Todo dia temos que ir além do que já fizemos, pois estamos vivendo uma emergência climática que não vai retroceder ”, afirma a ministra.
Roberto Schaeffer acredita que ações urgentes precisam ser tomadas para o enfrentamento da crise do clima e para o Brasil zerar suas emissões.
“O verdadeiro custo é não atacar o problema. Não fazer nada. A Agricultura brasileira já está sendo afetada, o Rio Grande do Sul foi gravemente afetado. A conta já chegou. O Brasil, diferente de outros países do mundo, tem um perfil de emissões particular. ¼ das nossas emissões vêm da agricultura e da pecuária, com o metano e o óxido nitroso (N2O). É um desafio muito grande e quanto antes começarmos, melhor. Para o Brasil zerar as emissões é preciso acabar com o desmatamento, investir em transição energética, adaptar as suas indústrias e deixar de explorar petróleo”, explica ele.
Já Daniela Lerda defendeu o papel da sociedade civil e sobretudo dos povos indígenas como peças fundamentais para frearem os efeitos da crise do clima.
“Basta a gente saber onde eles [povos indígenas] estão, essas são as áreas que estão melhor preservadas. A relação dos povos indígenas com o tema de crise climática é fundamental. A gente está num momento de emergência completa. Apoiar os territórios indígenas, além de ser uma questão ética, é uma questão estratégica para o país e para o planeta. E dentro do G20 que também precisa ser abordado o papel dos povos indígenas”, disse ela.
Fonte: FUNBIO
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