UNICEF visa enfrentar desnutrição infantil indígena

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a empresa Odontoprev firmaram uma parceria estratégica para fortalecer políticas públicas relacionadas à saúde e nutrição indígena, contribuindo para a prevenção de doenças e promoção da saúde e nutrição, além do fortalecimento das competências de lideranças indígenas nas regiões Norte e Nordeste.

Segundo pesquisa sobre determinantes sociais da desnutrição de crianças indígenas de até cinco anos realizada pelo UNICEF em 2019 em três regiões inseridas no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, oito em cada dez crianças yanomami menores de cinco anos apresentavam desnutrição crônica no momento do estudo. Enquanto a situação entre indígenas Yanomami se tornou uma prioridade em vista da declaração da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), o Ministério da Saúde tem trabalhado na prevenção e combate à mortalidade infantil indígena em outros distritos considerados prioritários. Atualmente muitos avanços ocorreram, mas desafios ainda permanecem para agilizar a redução da mortalidade infantil.

Dentro do escopo da parceria, que vai de agosto de 2024 a dezembro de 2025, estão previstas capacitações junto a lideranças indígenas e equipes multiprofissionais de Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) prioritários nos estados do Acre, Maranhão, Pará e Tocantis visando a prevenção, rápida identificação e referenciamento de doenças prevalentes na infância, refletindo na diminuição da mortalidade infantil. Além disso, está prevista a elaboração de materiais de comunicação culturalmente sensíveis para fortalecimento das políticas públicas e a realização de diagnósticos sobre fluxos de identificação e tratamento da desnutrição nas Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, visando o fortalecimento da vigilância e assistência nutricional. A previsão é que, ao todo, 500 profissionais sejam capacitados e 30 mil crianças sejam impactadas indiretamente por meio das iniciativas.

“No Brasil, as crianças indígenas possuem duas vezes mais risco de falecer antes de completar um ano do que as outras crianças brasileiras. Atualmente, o UNICEF já coordena seus esforços nas áreas de saúde, nutrição, água, saneamento e proteção à infância em contextos indígenas, além do trabalho integrado na resposta à emergência Yanomami em sinergia com o Centro de Operações de Emergência (COE), o Ministério da Saúde e o Distrito Sanitário Indígena Yanomami (DSEI-Y). Essa parceria com a Odontoprev nos permitirá fortalecer ainda mais nossa atuação, e expandir para DSEIs prioritários para o enfrentamento da mortalidade infantil indígena e promoção da saúde e nutrição”, afirma Stephanie Amaral, oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF no Brasil.

“Estamos muito felizes em fazer parte dessa iniciativa do UNICEF com foco na promoção da saúde em comunidades indígenas no Norte e Nordeste do Brasil. Sabemos que a desnutrição pode afetar diretamente a saúde bucal, criando um ciclo difícil de romper. Além disso, capacitar as lideranças locais e técnicos de saúde é um passo importante para contribuir com uma mudança duradoura”, afirma Renato Costa, CIO, CMO e CSO da Odontoprev. “Esse projeto se conecta com nosso propósito de promover sorrisos para cada vez mais brasileiros. Estamos comprometidos em apoiar ações que promovam saúde e bem-estar para todos, de forma integrada”, acrescenta Renato.

Sobre Odontoprev

A Odontoprev, empresa de capital aberto desde 2006, é líder em planos odontológicos no Brasil, com cerca de 8,8 milhões de beneficiários. A rede de cirurgiões-dentistas da Odontoprev é especializada, com aproximadamente 27 mil credenciados. A Companhia é listada no Novo Mercado da B3, participa da carteira global do Bloomberg GEI 2023, neutraliza a emissão anual de Gases de Efeito Estufa e conta com acionistas de mais de 30 países. Fundada em 1987, a empresa conta com soluções para todos os perfis de clientes, desde grandes corporações, empresas PME e planos individuais, nas marcas Odontoprev, Bradesco Dental, BB Dental e Odonto System, Mogidonto entre outras.

Fonte: UNICEF

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