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Muitos momentos marcantes definiram a edição do Prêmio Melhores ONGs 2024: os aplausos calorosos, os discursos e os agradecimentos. Porém, um instante em particular tomou a atenção de toda a plateia, deixando uma reflexão importante a ser levada para casa.
“Será que todo o esforço dedicado a preencher inúmeros formulários em busca de reconhecimento realmente compensa?”. Da plateia, uma representante da ONG Teto Brasil trouxe esse dilema nas horas iniciais do evento. Ela sugeriu a criação de um prêmio que incentivasse as empresas a reconhecerem a eficiência e a ética das organizações sem que as mesmas tivessem de passar pelo trabalhoso processo para obter um selo formal comprovando que são idôneas.
A proposta resultou em comentários diversos entre o público presente, que ora defendia a necessidade de simplificar a vida das ONGs, que usariam o tempo gasto com o preenchimento de formulários para se dedicarem ao trabalho de assistência e defesa da sua causa, e ora apoiando as exigências burocráticas dado que uma certificação vale todo o sacrifício na hora de captar recursos.
Sirley Brodge, da Amesfi, Associação Medianeirense de Surdos , destacou o aprendizado proporcionado pelos feedbacks ao longo dos anos. “Estamos há três anos participando do Prêmio 100 Melhores ONGs e, a cada retorno que recebíamos dos organizadores da premiação, aprendíamos coisas novas para melhorar nossos processos. No fundo, encaramos o preenchimento dos formulários como um investimento. Dá trabalho? Sim, mas a chancela que o prêmio traz é valiosa, pois comprova a seriedade da organização e abre portas para novos apoios e parcerias”, afirmou.
Na mesma linha, Fernanda Flaviana, diretora da Providens, organização de Belo Horizonte – MG, também acredita que o prêmio é um motor de evolução constante. “Participar do Melhores ONGs nos faz perseguir melhorias. Ele não é apenas um certificado, é um reflexo do esforço de toda a Providens. É uma energia boa que se espalha, gerando resultado positivo em diferentes aspectos: melhora a saúde mental e eleva a qualidade do trabalho. Além disso, o prêmio revigora a equipe e traz alegria para os beneficiados”, garante.

“Valeu a pena todo o trabalho que o selo exige? Sem dúvida, o edital demanda bastante esforço, mas acredito que o processo é uma oportunidade de colocar a casa em ordem”, é o que Valentin Conde, da ONG Gaia+, presente na cidade de Piracicaba – SP, diz sobre o esforço envolvido no processo de participação no prêmio. Para ele, o caminho até o selo traz benefícios internos que vão muito além do reconhecimento externo. Ele acredita que é um processo que representa um momento de reflexão sobre o que a organização faz e sobre a excelência do trabalho realizado. Além disso, Valentin vê uma oportunidade para celebrar as conquistas, já que ao observar tudo o que foi realizado e a qualidade das entregas, surge um instante de reconhecimento e celebração interna, algo que ele considera muito especial e gratificante.
Ele também comentou sobre o impacto do prêmio para a organização e seus atendidos. “É o sexto ano que somos agraciados com esse prêmio, de estar entre as 100 melhores ONGs do Brasil. E, acredite, a alegria é sempre como se fosse a primeira vez. Esse prêmio tem um altíssimo reconhecimento no setor social. Ele nos permite mostrar para as pessoas, para a sociedade civil, para as empresas e para o governo que estamos alinhados com as demandas e necessidades da nossa comunidade. Isso é muito especial”, destacou Valentim.

Outros líderes também relataram a importância do reconhecimento em suas organizações. Luiz Cesar Almiñana, Presidente do ABC Aprendiz de Santo André, localizada no estado de São Paulo, vê o prêmio como uma verdadeira garantia de qualidade e transparência. Para ele, o reconhecimento serve para demonstrar às empresas parceiras e à sociedade que a organização está no caminho certo. Ele ressalta que o prêmio funciona como um selo de confiança, que não só abre portas, mas também fortalece a missão da instituição de transformar a vida de jovens em situação de vulnerabilidade.
Após quatro anos de tentativas, Murilo Casagrande, do Instituto Aro 60, ONG de São Paulo, destacou que o esforço para ser reconhecido entre as 100 melhores ONGs foi desafiador, mas recompensador. “Implementamos melhorias internas e começamos a mensurar ações importantes, como o voluntariado corporativo.” Ele também ressaltou que o feedback do prêmio foi essencial para identificar pontos fortes e áreas de melhoria.
Por fim, Guilherme Selos, diretor de prospecção do IDIS, Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, localizado em São Paulo – SP, destacou a repercussão positiva prêmio. “Mobilizamos toda a equipe para preencher os formulários, e o reconhecimento motiva a todos. Ser uma das 100 melhores ONGs do Brasil não é só um título, mas um incentivo para continuarmos nos aprimorando e buscando sempre o melhor para nossa organização e nossos beneficiários.”
Apesar dos desafios, o consenso entre os premiados é claro: o esforço vale a pena. O Prêmio Melhores ONGs não apenas celebra as boas práticas do Terceiro Setor, mas também incentiva melhorias contínuas e fortalece a credibilidade das organizações diante da sociedade e dos parceiros.
(Amanda Maciel, do Nota Social)
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