
O projeto Sertão Vivo tem como objetivo transformar os sistemas produtivos dos agricultores familiares do semiárido nordestino para aumentar a produção sustentável de alimentos e promover a resiliência climática. Com isso, a renda familiar e a segurança alimentar poderão ser aumentadas e estabilizadas, incentivando jovens a permanecerem nas áreas rurais.
O Ceará é o primeiro estado a iniciar as atividades. Durante os três dias de missão, foram discutidos temas como governança, aquisição e capacitação de Assistência Técnica e Extensão Rural, gestão financeira e administrativa, monitoramento e avaliação, sistemas do FIDA e do BNDES, entre outros temas.
O oficial de programas do FIDA no Brasil, Hardi Vieira, destacou a relevância da missão: “Ela foi fundamental para o alinhamento interno e o nivelamento de conhecimento para a execução do projeto. O Ceará dará exemplo no início da implementação do Sertão Vivo no Brasil. Temos um manual e procedimentos já acordados para garantir a execução. Discutimos prioritariamente as questões financeiras e o tema de aquisições para que possamos operacionalmente iniciar as atividades.”
Segundo o secretário em exercício de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Marcos Jacinto, o estado ganha muito com a perspectiva do Sertão Vivo, porque ele é um projeto que atuará junto às populações vulneráveis, aos povos e comunidades tradicionais e aos agricultores familiares. Ele explica que: “A partir do conjunto de atividades, como do investimento produtivo, de acesso à água, de construção do conhecimento e de ampliação das capacidades, acreditamos que o Sertão Vivo tem um grande potencial como projeto estratégico do Governo do Ceará”.
O gerente do BNDES, Júlio Salarini, declarou que o Sertão Vivo apresenta uma série de inovações, sendo uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida do agricultor do sertão e a resiliência climática, beneficiando a todos os brasileiros.
No Ceará, serão impactadas 63.111 famílias de 72 municípios. Serão investidos R$ 251,6 milhões para o desenvolvimento da agricultura familiar do Ceará. As ações serão organizadas em três componentes: financiamento de sistemas produtivos resilientes ao clima (CRPS); financiamento de acesso à água para produção e gestão do conhecimento e ampliação de escala.
Com o Sertão Vivo, serão implantados sistemas de produção resilientes a mudanças climáticas e construídos reservatórios de água para uso na lavoura, como cisternas-calçadão, barreiros trincheiras e barragens subterrâneas.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo do Estado do Ceará.
Para saber mais, leia a matéria da ONU Brasil sobre o projeto Sertão Vivo.
O FIDA é uma instituição financeira internacional e uma agência especializada das Nações Unidas. Com sede em Roma – o centro de alimentos e agricultura das Nações Unidas – o FIDA investe na população rural, capacitando-a a reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e fortalecer a resiliência. Desde 1978, fornecemos mais de US$ 24 bilhões em doações e empréstimos a juros baixos para financiar projetos em países em desenvolvimento.
Fonte: ONU Brasil
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