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*Por Roberto Ravagnani
De acordo com uma pesquisa realizada pela TeamStage, cerca de 70% do trabalho voluntário no mundo ocorre de forma informal. Isso significa que essas atividades não são organizadas por uma Organização da Sociedade Civil ou por programas estruturados, mas acontecem por meio do envolvimento espontâneo de pessoas em grupos religiosos ou sociais. Nos países não industrializados, a disparidade entre o voluntariado formal e informal é ainda maior, devido às desigualdades sociais presentes.
No Brasil, o trabalho voluntário ainda está em desenvolvimento e não acompanhou as transformações da sociedade na mesma velocidade. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, apenas 4,2% da população brasileira declarou realizar trabalho voluntário.
Esse dado revela duas questões importantes: de um lado, muitas pessoas associam o voluntariado exclusivamente a entidades organizadas; de outro, as empresas ainda não compreenderam plenamente o papel estratégico que o voluntariado pode desempenhar em suas culturas organizacionais, tanto para gerar valor quanto para fortalecer suas estratégias de negócios.
As organizações têm o potencial de serem agentes promotores da cultura do voluntariado no país. Em outros contextos, como nos Estados Unidos, o trabalho voluntário é amplamente reconhecido e valorizado. Lá, os voluntários contribuem com mais de US$ 200 milhões para as comunidades, promovendo uma economia mais equilibrada e sustentável, além de atender segmentos populacionais antes invisíveis ou negligenciados.
Para as empresas, o voluntariado pode ir além do impacto social, trazendo benefícios internos, como maior bem-estar e engajamento dos colaboradores, especialmente entre os mais jovens, que buscam propósito no trabalho. Além disso, é uma oportunidade de desenvolver competências e gerar valor para os negócios.
Mas como os executivos podem implementar o voluntariado de maneira estratégica, independentemente do porte da empresa? Aqui estão algumas dicas:
Entenda que voluntariado não é filantropia
Com o crescimento do conceito de ESG, muitas organizações focam em estratégias de gestão ambiental, mas negligenciam o aspecto social, que é essencial para a sustentabilidade. O voluntariado está diretamente ligado ao ‘S’ do ESG. Seu impacto positivo nas comunidades pode ser mensurado e convertido em um ativo, mobilizando colaboradores e gerando valor para a empresa.
Mapeie os diferentes perfis do público interno
Os colaboradores têm diferentes interesses e aspirações. Crie canais para que compartilhem suas preferências e experiências com voluntariado, em vez de presumir suas causas de interesse. Isso permite alinhar as iniciativas aos anseios do time.
Identifique e aplique a tecnologia adequada
O terceiro setor no Brasil tem desenvolvido tecnologias sociais que podem ser empregadas para estruturar programas de voluntariado. Essas ferramentas facilitam a implementação e ampliação de iniciativas comunitárias, mas devem ser usadas com propósito claro para gerar impacto real e valor para os negócios.
Conte com o apoio de especialistas
O voluntariado é um campo que exige planejamento e sensibilidade. Contar com profissionais experientes ajuda a criar programas que reflitam as necessidades das comunidades e os objetivos empresariais, maximizando os resultados.
Comece a pensar o trabalho voluntário de forma séria e estruturada. Que em 2025 você possa levar essa ideia para a empresa onde atua, transformando-a em um agente de impacto positivo.
*Roberto Ravagnani palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), Consultor, fala de ESG, Voluntariado, Sustentabilidade.
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