
A Fundação Porta Aberta (FPA), localizada em São Paulo – SP, atua desde 2013 dedicando-se a promover re/inserção social de pessoas em situação de vulnerabilidade, com um foco naquelas que estão em tratamento do uso de álcool e outras drogas. A organização oferece cursos profissionalizantes e desenvolve programas voltados ao fortalecimento das competências socioemocionais, buscando melhorar a empregabilidade e a capacidade de gerar renda, seja como autônomo ou por meio da economia solidária.
Além disso, a Fundação atua como um elo na rede de apoio social, proporcionando novas oportunidades de inclusão social e econômica para seus beneficiários. Jacira Jacinto da Silva, presidente e diretora da organização, compartilha detalhes do cotidiano da instituição, reafirmando o compromisso que norteia cada uma de suas iniciativas.
NOTA SOCIAL: Como surgiu a ideia de criar a Fundação Porta Aberta?
FUNDAÇÃO PORTA ABERTA: Na época, eu ainda atuava como juíza de direito, mas já há muito tempo nutria o desejo de criar uma instituição social séria, comprometida com uma causa relevante e de grande impacto para a sociedade. Convidei alguns amigos e meu marido para conversarmos sobre o tema, e essas discussões começaram em casa, de forma bastante informal. Menos de um ano depois, esse sonho tomou forma: a Fundação Porta Aberta foi instituída e recebeu a aprovação do Ministério Público.
NS: De que forma a Fundação atua para promover a inclusão social e produtiva de seus beneficiários?
FPA: A organização surgiu com a missão de capacitar pessoas em situação de vulnerabilidade para ingressarem no mundo do trabalho. Desde a aquisição de um espaço para oferecer os serviços até a aprovação de projetos, tudo foi fruto de esforço e engajamento com a sociedade. A principal ação foi nos estruturarmos para oferecer uma qualificação eficiente, mas outras iniciativas também foram fundamentais, como a criação de novos cursos, a ampliação do número de beneficiários atendidos e o estabelecimento de parcerias estratégicas.
NS: Quantas pessoas, em média, são beneficiadas pelos programas atualmente oferecidos?
FPA: Atendemos de forma contínua cerca de 1.000 beneficiários por meio de nossos 8 Centros de Atendimento, estrategicamente distribuídos pela cidade de São Paulo.
NS: Quais foram os maiores desafios enfrentados pela Fundação Porta Aberta ao longo de sua trajetória?
FPA: O principal e mais desafiador aspecto de nosso trabalho é lidar com pessoas. Uma equipe comprometida faz toda a diferença, mas, para atender adequadamente 1.000 beneficiários, contamos com 140 colaboradores. Gerir um número tão grande de pessoas é uma tarefa complexa, e estamos constantemente aprendendo com essa experiência, acreditando que essa evolução contínua é um diferencial em qualquer serviço.
Além disso, a Fundação Porta Aberta (FPA) é uma organização que oferece serviços gratuitos e é gerida por voluntários. Encontrar pessoas dispostas a se dedicar ao trabalho voluntário não é uma tarefa fácil, e essa dificuldade se intensifica quando buscamos alternar funções de liderança. Apesar dos desafios, seguimos empenhados em nossa missão, aprendendo e crescendo a cada passo.
NS: Como vocês avaliam o impacto das ações realizadas nas comunidades e pessoas atendidas?
FPA: O impacto é extremamente positivo. Nossos indicadores demonstram resultados significativos para a sociedade. Em média, cerca de 300 pessoas ingressam no mercado formal de trabalho anualmente, além de muitas outras que iniciam suas jornadas como autônomos ou microempreendedores individuais (MEIs). Esses números são uma prova clara de que o trabalho que realizamos faz a diferença e reafirma nosso compromisso com a valorização de cada vida.
NS: Existe alguma história de transformação que simbolize o impacto do trabalho da Fundação?
FPA: Sim, temos muitas histórias emocionantes, mas uma em especial me marcou profundamente. Um jovem atendido pela FPA certa vez disse algo que ficou comigo: “É muito bom estar aqui, porque eu já nem me lembrava mais do meu nome. Aqui, sou chamado pelo meu nome.” Essa frase reflete como o trabalho da Fundação vai além da capacitação e do suporte social, focando no resgate da dignidade e da identidade das pessoas, para que se sintam reconhecidas, valorizadas e respeitadas.
NS: Quais são os projetos da Fundação para o ano de 2025?
FPA: Em fevereiro de 2025, inauguraremos o Centro de Atendimento Jovem, um espaço dedicado à qualificação digital de jovens a partir de 16 anos. Este centro oferecerá cursos e atividades práticas em áreas inovadoras, como Inteligência Artificial, Habilidades Digitais, Corte a Laser e Impressão 3D. Nosso objetivo é proporcionar aos jovens as ferramentas e o conhecimento necessários para se destacarem no mercado de trabalho, abrindo portas para um futuro de oportunidades e desenvolvimento profissional.
A Fundação Porta Aberta, reconhecida entre as 100 melhores ONGs do Brasil, está preparada para receber o apoio da sociedade. Pessoas e empresas podem contribuir por meio da governança, que é conduzida de forma aberta e transparente, por doações de bens em espécie ou por contribuições financeiras. Doações em dinheiro podem ser realizadas via Pix, utilizando a chave 19.30.697/0001-78.
Para saber mais sobre a organização, doar ou se voluntariar, acesse Fundação Porta Aberta.
(Amanda Maciel, do Nota Social)
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