ONG lança cordões de crachá feitos com resíduos têxteis


A COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) utilizará insumos da agricultura familiar para a produção das refeições que serão oferecidas aos participantes do evento Belém do Pará, em novembro de 2025. O objetivo é ter “comida saudável, com preço justo e ambientalmente correto”, é o que afirma Nilza de Oliveira, diretora de operações da Secretaria Extraordinária para COP30 da Casa Civil do Governo do Brasil (Secop/CC).
Além do cardápio internacional que é tradicional nas conferências, o conjunto de restaurantes e quiosques na COP30 Amazônia terão ofertas de alimentos veganos, vegetarianos, sem glúten, sem lactose, alimentos permitidos pela lei Islâmica (halal) e também alimentos permitidos pelo judaísmo (kosher). A gestão brasileira trabalha para que os insumos para esses pratos também possam ser oriundos da agricultura familiar.
O evento destacará ainda opções da culinária paraense, conectando o público internacional com a cultura e os produtores locais. O gerente de projeto da Secop/CC, Vitor Arroyo, que também acompanha o tema, apontou para a importância desse esforço. “Os alimentos na COP por vezes são vistos como algo apenas para matar uma fome, para continuar dando energia. Mas, na verdade, está muito vinculado com o clima, com o trabalho na terra, com tudo que isso significa para formação social também”, defendeu Arroyo.
A decisão dialoga com a expectativa que o cardápio da COP no Brasil esteja alinhado aos compromissos de enfrentamento à mudança do clima. Em 2023, em Dubai, foi entregue uma carta da iniciativa food@COP para a presidência da COP28. A food@COP é uma coalizão de grupos de juventude, redes e organizações da sociedade civil, unidas pela convicção de que as conferências climáticas internacionais devem exemplificar a visão de um futuro sustentável, por meio da comida servida em seus eventos que devem ser alimentos acessíveis, nutritivos, predominantemente à base de plantas e culturalmente inclusivos, que refletem a urgência de ações para enfrentar a crise do clima.
A agricultura familiar é um modelo de produção agrícola baseado em pequenas propriedades rurais, onde a maior parte da mão de obra provém da própria família. De acordo com o mais recente Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2017, existiam aproximadamente 3,9 milhões de estabelecimentos de agricultura familiar no país, representando 77% do total de propriedades agrícolas.
O setor emprega mais de 10 milhões de pessoas, representando 67% dos postos de trabalho no campo. A valorização da agricultura familiar por parte do Governo Brasileiro não é novidade, existem políticas públicas de compra de alimentos para escolas e repartições públicas, bem como subsídios para pequenos agricultores. “O governo já fez ou está fazendo essa política de valorização para o país, por isso que a gente não quer diferente para a COP30”, explica Nilza.
Em 2023, foi registrada queda de 85% da insegurança alimentar no Brasil identificado pela edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial, a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no Brasil.
De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar do Estado do Pará (Seaf/PA), o estado sede da COP30 possui aproximadamente 300 mil agricultores familiares, responsáveis por grande parte dos alimentos que chegam à mesa dos paraenses. A produção agrícola familiar no Pará é diversificada e inclui cultivos como mandioca, açaí, abacaxi, coco, pimenta-do-reino e castanha-do-pará.
Fonte: gov.br
ONG lança cordões de crachá feitos com resíduos têxteis
Brasil lidera número de povos isolados, mas há lacunas na proteção
ONG amplia acervo com obra acessível de bell hooks
SP Invisível promove ceias para pessoas em situação de rua

11 3251-4482
redacao@ongnews.com.br
Rua Manoel da Nóbrega, 354 – cj.32
Bela Vista | São Paulo–SP | CEP 04001-001