Estudo aponta caminho para recuperação da Caatinga em Pernambuco

ONG News
23 de abril de 2025
  • Meio Ambiente
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Pernambuco tem 83% do seu território coberto pela Caatinga, o bioma mais ameaçado pelas mudanças climáticas. O estado é vulnerável ao risco de desertificação do semiárido brasileiro e ameaçado pela redução da disponibilidade de água e pela queda da produção de alimentos. Mudar essa realidade é possível. É o que mostra o novo estudo do Instituto Escolhas “Recuperar a caatinga em Assentamentos da Reforma Agrária: mais vegetação, alimento e emprego em Pernambuco”, lançado hoje (22/04).

Existem mais de 20 mil hectares desmatados nas margens dos rios e nas nascentes dos assentamentos da reforma agrária no estado. Recuperar a vegetação dessas áreas é necessário para proteger a água, impedindo erosões e assoreamento, facilitando a infiltração da água no solo e amenizando as temperaturas. De acordo com o Instituto Escolhas, se forem implementados sistemas agroflorestais (SAF) como estratégia de recuperação, além da preservação dos recursos hídricos, ainda é possível produzir mais de cinco milhões de toneladas de alimentos, gerar 91,3 mil empregos e remover 2,1 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera, o que corresponde a 8% das emissões brutas de Gases de Efeito Estufa (GEE) de Pernambuco em 2023. Os sistemas agroflorestais combinam a restauração da vegetação nativa com a produção de alimentos. A recuperação de APPs é obrigatória em pequenas propriedades, incluindo assentamentos, segundo Código Florestal de 2012.

O investimento necessário para a recuperação dessas áreas é de R$ 504 milhões nos três primeiros anos, totalizando R$ 1,92 bilhão ao longo de 30 anos de projeto. A receita liquida que pode ser gerada é de R$ 5,91 bilhões, mais de três vezes do valor investido.

“A recuperação produtiva das áreas desmatadas nos assentamentos da reforma agrária é fundamental para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas sobre Pernambuco. Essa medida é especialmente importante na Caatinga, bioma em acelerado processo de desertificação. Nosso estudo dimensiona o investimento que precisa ser feito e mostra que os retornos financeiros são elevados,”, afirma Rafael Giovanelli, gerente de Pesquisa do Instituto Escolhas, responsável pelo estudo.

Segundo Giovanelli, “Enquanto as matas crescem, protegemos a água e cuidamos do clima, empregos são gerados e alimentos produzidos. Ganha o meio ambiente e a economia.”

O estado possui 602 assentamentos e 33.051 famílias assentadas em uma área que soma 574.560 hectares (5,9% da área total do estado), sendo que 36.324 hectares são APPs. A recomposição de APPs com SAFs contribui para a preservação de recursos hídricos, já que a maior parte das áreas passíveis de recuperação estão no entorno de fontes d’água. Ao mesmo tempo, possibilita uma produção biodiversa de alimentos saudáveis, com culturas variadas de frutas, verduras e legumes, gerando emprego e renda para os assentados, além de regenerar a mata nativa.

Clique aqui para conhecer mais sobre o estudo.

(Assessoria de Imprensa)

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