
O Pantanal, maior planície alagável do planeta, ocupa cerca de 150 mil quilômetros quadrados no coração do Brasil e abriga uma das biodiversidades mais ricas do mundo, com mais de 4 mil espécies catalogadas. Esse bioma único, no entanto, enfrenta ameaças cada vez mais urgentes: o avanço do desmatamento, a expansão da fronteira agrícola, os incêndios recorrentes e os impactos das mudanças climáticas colocam em risco seu equilíbrio ecológico e a sobrevivência de inúmeras espécies.
Neste cenário, organizações sociais atuam na proteção e conservação do Pantanal. A seguir, conheça algumas dessas iniciativas.
Projeto Onçafari: um farol na conservação da vida selvagem, o Projeto Onçafari combina ações de conservação com impacto social positivo. No Pantanal, seu foco é a conscientização sobre a importância da onça-pintada e a promoção do ecoturismo como fonte de renda sustentável. Atuando desde 2011 na Fazenda Caiman, em Miranda (MS), o projeto integra pesquisa científica, reintrodução de animais, educação ambiental, inclusão social, prevenção de incêndios e manejo florestal. Seu programa de adaptação permite a observação de onças-pintadas em seu habitat natural, fortalecendo o valor da conservação e impulsionando a economia local.
SOS Pantanal: em operação desde 2009, o SOS Pantanal trabalha na proteção da biodiversidade e na promoção de práticas sustentáveis de uso da terra. Com foco em governança e segurança hídrica, proteção e restauração ambiental e prevenção e controle de incêndios, o projeto envolve proprietários de terras, pesquisadores, autoridades e comunidades locais. Através da educação ambiental e do engajamento social, o SOS Pantanal torna a conservação uma responsabilidade compartilhada.
Projeto Identificação de Onças-Pintadas: o Pantanal abriga uma das maiores densidades populacionais de onças-pintadas do mundo. Este projeto utiliza técnicas não invasivas para monitorar e proteger essa população vital. Através do reconhecimento de padrões de manchas e câmeras escondidas, o projeto constrói um banco de dados detalhado, auxiliando na compreensão do comportamento e das necessidades de conservação desses felinos. A educação ambiental para residentes e visitantes também é um pilar importante.
Projeto Arara Azul: Fundado em 1990, o projeto monitora ninhos naturais e artificiais, acompanha a reprodução e coleta dados a arara-azul-grande e outras espécies de aves. Graças a esses esforços, a arara-azul-grande passou de “em perigo” para “vulnerável” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em 2014. A educação ambiental desempenha um papel crucial na conscientização sobre a proteção da biodiversidade do Pantanal.
Projeto Lontra Gigante: Dedicado à conservação da lontra gigante, o maior mustelídeo (mamíferos carnívoros) da América do Sul, este projeto atua desde 2019 no monitoramento da população, pesquisa científica, educação ambiental e promoção do turismo sustentável. Em 2024, monitorou 190 km de rios do Pantanal, identificando 82 lontras em 13 grupos familiares.
Esses projetos são exemplos de como a sociedade civil pode contribuir para a conservação do Pantanal e para a proteção da sua biodiversidade. Segundo Lucas Ribeiro, CEO da PlanetaEXO, plataforma de ecoturismo sustentável, “o Pantanal é um patrimônio natural e cultural do Brasil e do mundo, e sua preservação é fundamental para garantir a qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Os projetos de conservação são essenciais para enfrentar os desafios ambientais da região e para promover o desenvolvimento sustentável”.
(Redação ONG News com informações da Assessoria de Imprensa)
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