
Um material acessível, didático e que discute uma destinação de recursos mais expressiva, com participação efetiva. Esse é o debate trazido na pesquisa Juventudes no Brasil: Guia de Diretrizes, Estratégias e Boas Práticas de Investimento Social Privado para e com as Juventudes, lançada nesta quarta (7), no 13º Congresso GIFE.
Julia Tavares, gerente de comunicação da Fundação Otacílio Coser, aponta o papel das empresas como apoiadoras de projetos para as juventudes. “Temos a responsabilidade de trazer as empresas para esse debate, para que elas entendam que também são responsáveis por enfrentar os desafios estruturais.”
Para isso, Larissa Fontana, secretária-executiva do Em Movimento, indica que é preciso deslocar a concepção de juventude como “grupo que precisa de assistência para outra, de que as juventudes podem/devem ser protagonistas das ações”. No mesmo sentido, Rafaela Canela, da Fundação FEAC, defende a capacidade das juventudes de liderar projetos e que “é preciso escutar” essa população para que os financiadores não sejam as pessoas que vão apenas ditar onde serão investidos os recursos.
A líder do programa Juventudes Potentes, Nayara Bazzoli, explica que é impossível falar sobre ISP sem falar de riscos. “Uma organização sozinha corre determinado risco, mas se ela compartilha (projetos), tem mais impacto, mais atendimento”, exemplifica.
Uma das formas de contribuição, segundo Marcelo Bentes, da Fundação Roberto Marinho, é preparar as juventudes para os espaços de debates. “Podemos fomentar nos jovens o seu poder de argumentação e influência na mudança da realidade”, detalha.
Outro caminho possível, na visão de Carla Francischette, integrante do grupo de jovens pesquisadores do Guia, é tornar os processos mais amigáveis, menos burocráticos, mais ágeis. “No Juventudes Potentes, a gente tem um edital facilitado, com linguagem simples. Buscamos um equilíbrio entre a necessidade dos documentos e a facilidade para quem está na ponta”, detalha.
Debate ressaltou a importância da busca por um protagonismo efetivo, feito para/com as juventudes, setor ainda com forte potencial de destinação de recursos na filantropia e no Investimento Social Privado (ISP).
Fonte: GIFE
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