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*Por Sonia de Almeida
Quando pensamos em desenvolvimento sustentável, é comum associar o tema a inovações tecnológicas e à preservação ambiental. No entanto, há um pilar essencial, e muitas vezes invisível, que sustenta todas essas transformações: a educação. E, dentro desse universo, investir na educação de meninas é uma das estratégias mais eficazes para transformar realidades e construir sociedades mais justas e inclusivas.
De acordo com um relatório da UNESCO divulgado no ano passado, o custo para a economia global da evasão escolar e da falta de educação pode chegar a 10 bilhões de dólares por ano até 2030 — valor superior à soma dos PIBs anuais da França e do Japão juntos.
Além da questão de justiça social e equidade, investir na educação de meninas representa um impacto direto e mensurável no desenvolvimento econômico. Estudos do Banco Mundial indicam que cada ano adicional de escolaridade para uma menina pode aumentar sua renda futura em até 20%. A educação feminina está também associada a melhorias significativas em indicadores sociais, como redução da mortalidade infantil, maior participação política e diminuição da violência doméstica. O mercado global já reconhece esse potencial: empresas que apostam na diversidade de gênero e inclusão feminina reportam maior inovação e produtividade.
Organizações que atuam há décadas na promoção da educação e formação profissional de meninas e mulheres comprovam, por meio de suas experiências, o impacto positivo dessas iniciativas na transformação de vidas e comunidades. O acesso à educação de qualidade oferece às meninas as ferramentas para se tornarem protagonistas do seu próprio desenvolvimento econômico e social, fortalecendo assim uma sociedade mais inclusiva, resiliente e sustentável.
Quem atua no terceiro setor tem a oportunidade de presenciar essas mudanças. Com um ensino de qualidade, meninas e mulheres tornam-se mais preparadas para o mercado de trabalho e ampliam sua capacidade de gerar renda. Isso favorece o crescimento das economias locais e contribui para o rompimento do ciclo de pobreza em suas comunidades. Quando uma menina avança, toda a comunidade avança com ela. O desenvolvimento deixa de ser apenas individual e se transforma em um movimento coletivo, com impacto de longo prazo.
No entanto, para que esse potencial se concretize, é preciso ir além do discurso e investir, de fato, em políticas públicas eficazes, parcerias com a iniciativa privada e no fortalecimento de organizações da sociedade civil que atuam na linha de frente dessa transformação. Oferecer uma educação integral, que una conhecimento acadêmico, formação humana e preparação para o mundo do trabalho, é o caminho mais sólido para garantir que essas meninas se tornem protagonistas de suas próprias histórias.
O impacto da educação vai muito além da sala de aula: traduz-se em autonomia, autoestima, liderança e na construção de novas referências para futuras gerações. Famílias se fortalecem, comunidades se transformam e a sociedade se torna mais equilibrada e sustentável.
O investimento na educação desse público não pode ser colocado em segundo plano. Pelo contrário, deve estar no centro das decisões de governos, empresas e instituições comprometidas com um futuro mais justo. Como sociedade, temos a responsabilidade de criar caminhos onde todas as meninas possam aprender, crescer e liderar. Porque, quando investimos nelas, estamos, na verdade, investindo no futuro de todos nós. Só assim construiremos um amanhã cheio de possibilidades.
*Sonia de Almeida é Diretora Executiva da Afesu.
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