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*Por Roberto Ravagnani
Em tempos de transformações aceleradas, onde o mercado de trabalho exige não apenas conhecimento técnico, mas também habilidades humanas, o voluntariado emerge como uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional — especialmente para estudantes universitários. Mais do que uma prática solidária, o voluntariado é uma experiência educativa que transcende disciplinas, currículos e grades horárias. É, em essência, uma sala de aula viva, onde se aprende com o outro, sobre o outro e, principalmente, sobre si mesmo.
Para estudantes de todas as idades, o ato de se engajar em ações voluntárias representa uma oportunidade de ampliar repertórios, desenvolver empatia e exercitar a cidadania. Mas é na universidade — esse espaço de formação crítica e construção de identidade — que o voluntariado encontra terreno fértil para gerar impactos profundos e duradouros. Ao se envolver com causas sociais, ambientais ou educacionais, o universitário deixa de ser apenas um receptor de conhecimento e passa a ser agente de transformação.
A vivência voluntária permite que o estudante desenvolva competências que são cada vez mais valorizadas no mundo profissional: trabalho em equipe, comunicação assertiva, liderança colaborativa, inteligência emocional, adaptabilidade e visão sistêmica. Mais do que isso, o voluntariado desafia o jovem a lidar com realidades complexas, muitas vezes distantes de sua zona de conforto, promovendo um aprendizado que nenhum livro é capaz de oferecer sozinho.
Além dos ganhos individuais, há também um impacto coletivo. Universitários que se engajam em ações voluntárias contribuem para fortalecer o vínculo entre a universidade e a sociedade, rompendo barreiras entre o saber acadêmico e os desafios do mundo real. Projetos de extensão, mentorias em comunidades vulneráveis, ações ambientais e campanhas de conscientização são exemplos de como o voluntariado pode ser integrado à formação universitária, gerando benefícios mútuos.
É importante destacar que o voluntariado não exige perfeição, nem soluções prontas. Ele pede presença, escuta e disposição para aprender com o outro. E é justamente nesse encontro — entre saberes, culturas, histórias e afetos — que o estudante se transforma. Ao doar seu tempo, ele descobre que também recebe: recebe maturidade, propósito, consciência social e uma nova perspectiva sobre o mundo e sobre si mesmo.
Em um país como o Brasil, onde as desigualdades ainda marcam profundamente o acesso a oportunidades, o voluntariado estudantil pode ser um poderoso instrumento de justiça social. Ao se colocar a serviço de causas coletivas, o universitário contribui para a construção de uma sociedade mais equitativa, inclusiva e solidária — e, ao mesmo tempo, constrói uma trajetória profissional mais ética, humana e significativa.
Por isso, é urgente que universidades, empresas e organizações sociais reconheçam o voluntariado como parte essencial da formação dos jovens. Que incentivem, valorizem e integrem essa prática aos seus programas educacionais. Porque formar profissionais competentes é importante — mas formar cidadãos conscientes, engajados e empáticos é indispensável.
O voluntariado não é apenas uma atividade extracurricular. É uma experiência transformadora. É educação em sua forma mais viva. E para o estudante universitário, pode ser o primeiro passo para descobrir que, ao transformar o mundo, ele também se transforma.
*Roberto Ravagnani – Construtor de “pontes”. Palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), Consultor, ESG, Voluntariado, Sustentabilidade.
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