Marcha das Mulheres Negras lança Manifesto por Justiça Climática

ONG News
22 de outubro de 2025
  • Mulheres
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A menos de um mês da realização da COP30, que acontecerá em Belém (PA), mulheres negras de diferentes regiões do Brasil lançaram o Manifesto Político das Mulheres Negras por Justiça Climática, um chamado por uma transição ecológica que reconheça as desigualdades raciais e de gênero como parte central da crise ambiental. O lançamento ocorreu no Auditório do Ministério Público Federal, na capital paraense, e também marcou a criação do Comitê Mulheres Negras por Justiça Climática.

Justiça climática com recorte racial e de gênero

O manifesto reafirma que não há justiça climática sem justiça racial e de gênero, e propõe um conjunto de ações que vão desde a inclusão de critérios antirracistas no financiamento climático até a garantia de direitos básicos, como acesso à água potável, alimentação saudável e ar limpo para populações negras, indígenas e periféricas.

O texto foi construído de forma colaborativa, com a contribuição de dezenas de organizações, lideranças e ativistas, e servirá como referência para a atuação das mulheres negras durante a COP30. Segundo o documento, “as mulheres negras, quilombolas e de comunidades tradicionais não apenas resistem aos impactos da crise climática, mas também constroem alternativas sustentáveis baseadas no bem viver e na defesa dos territórios”.

A pesquisadora Thainara Gomes, do Centro Brasileiro de Justiça Climática (CBJC), destacou que as mulheres negras estão tanto entre as mais afetadas pelos efeitos do aquecimento global quanto entre as que mais constroem soluções. “Somos nós que inventamos arranjos para sobreviver, e é por isso que também lideramos inovações diante da crise”, observou. De acordo com a Oxfam Brasil, 67% das pessoas que vivem em áreas de risco ambiental no país são negras, o que evidencia o impacto desigual da crise.

Amazônia negra em destaque

Durante o evento, a Amazônia negra foi apresentada como eixo central da luta. “Pensar a Amazônia é pensar nas vidas humanas e nas identidades que compõem esse território”, afirmou Jane Neves, da Rede Fulanas – Negras da Amazônia.

Rumo à Marcha das Mulheres Negras 2025

O lançamento do manifesto marca também o início da mobilização para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, prevista para o dia 25 de novembro de 2025, em Brasília (DF).

(Redação ONG News)

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