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A necessidade de ampliar o financiamento climático e fortalecer a articulação entre governo, empresas, organizações da sociedade civil e investidores internacionais esteve no centro do encontro “Pós-COP30: tendências e próximos passos da filantropia pelo clima”, promovido pelo GIFE, IDIS, Latimpacto, Sitawi e WINGS. Especialistas avaliaram que, diante da aceleração da crise socioambiental, o Brasil precisa destravar recursos e consolidar estratégias conjuntas para aumentar a eficácia da agenda climática no país.
Um dos principais entraves mencionados é o ambiente regulatório brasileiro, considerado pouco favorável à entrada de grandes volumes de capital filantrópico. Enquanto países dos Estados Unidos e da Europa contam com incentivos fiscais amplos, fundos patrimoniais consolidados e instrumentos como matchfunding, o Brasil ainda opera com mecanismos mais restritos. Essa limitação, segundo os participantes, afeta diretamente o ritmo de avanço das iniciativas socioambientais.
No debate, os especialistas também ressaltaram que a crise climática não pode ser tratada de maneira isolada. A abordagem eficaz deve integrar temas como resiliência territorial, regeneração ambiental, segurança hídrica, saúde, educação e desenvolvimento local. A participação dos territórios e das comunidades no desenho das soluções foi apontada como condição essencial para garantir respostas mais duradouras e conectadas às realidades locais.
O encontro marcou ainda um momento de alinhamento entre as organizações presentes. Para Luisa Lima, gerente de comunicação e conhecimento do IDIS, a capacidade de articulação coletiva emerge como um fator decisivo. “Colocamos muita energia para promover o Dia da Filantropia na COP30, aproximando diferentes perspectivas sobre o engajamento da filantropia. Ficou claro que o momento exige ousadia, colaboração e disposição para destravar recursos e fortalecer quem está na linha de frente da ação climática”, afirmou.
Outro ponto discutido foi a influência da sociedade civil e da filantropia no debate público. As instituições reforçaram que assumir riscos, testar soluções inovadoras e vocalizar pautas urgentes são caminhos para impulsionar políticas públicas e ampliar o impacto das iniciativas já existentes. Muitas das ações apresentadas durante a COP30 ainda precisam ser sistematizadas, de modo a garantir mais clareza estratégica e coordenação entre agendas.
O evento reuniu representantes do GIFE, IDIS, Latimpacto, Sitawi e WINGS, e a gravação permanece disponível no YouTube para quem deseja acompanhar as análises e projeções sobre o papel da filantropia na agenda climática pós-COP30.
(Redação ONG News)
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