Especialistas ensinam estratégias para apoiar captação de recursos de ONGs


Até o dia 30 de março, a Zoé, ONG com sede em São Paulo, realiza sua 34ª expedição de saúde no Pará. Durante esse período, o time de 17 voluntários da Zoé, composto por médicos, profissionais de enfermagem e de suporte, atuam no Hospital Municipal de Belterra (PA), engajados na campanha Março Azul de conscientização sobre o câncer colorretal, doença oncológica que pode afetar o intestino e o reto. No total, estão previstos cerca de 500 atendimentos, entre exames de colonoscopia e endoscopia, além de consultas com gastroenterologistas.
De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), só neste ano, deverão ser diagnosticados no Brasil 45.639 novos casos de câncer colorretal, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de colorretal ocupa a terceira posição entre as doenças oncológicas mais frequentes no Brasil.
A Região Norte acompanha o cenário brasileiro em relação a esse ranking, com o câncer colorretal também na terceira posição em termos de incidência, atrás apenas do câncer de mama e de próstata. E dentro da Região Norte, em número de casos por ano, o Pará está na primeira posição, com 640; seguido do Amazonas, com 300 e de Rondônia, com 210. Os dados são do INCA, considerando o ano de 2023.
Um câncer evitável
Apesar da alta incidência, o câncer colorretal pode ser evitado, alerta o médico endoscopista Marco Aurelio D’Assunção, um dos fundadores da ONG Zoé e líder da expedição. Isso porque a doença tem inicio com uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino. O exame de colonoscopia é capaz de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer. Além disso, é possível diagnosticar um câncer colorretal em fase inicial quando as chances de sucesso do tratamento são maiores.
Outra medida importante no combate ao câncer colorretal é a prevenção. Nesse contexto, uma das recomendações é adotar uma alimentação que inclua o consumo de frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo.
Treinamento para equipe local
Além do atendimento a pacientes, a equipe da Zoé ministra treinamento para médicos e enfermeiros das unidades de saúde local, com o tema “Helicobacter pylori: diagnóstico e tratamento, uma visão para o clínico”. Essa bactéria figura entre os principais fatores de risco de câncer de estômago.
O diagnóstico de H. pylori, em geral, começa com o exame de endoscopia digestiva alta com biópsia. Esse procedimento consegue verificar a presença de úlceras e de câncer gástrico. A presença da bactéria pode ser avaliada por meio de análise do fragmento da mucosa obtida pela biópsia do estômago e avaliada pelo patologista.
Sobre a Zoé
A Zoé foi fundada em São Paulo (SP), no final de 2019 com o propósito de levar assistência médica especializada às comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós e Baixo Amazonas e ao povo indígena Zoé. O grupo de fundadores é formado predominantemente por médicos com histórico pessoal de atendimento a populações da Amazônia.
As doações para ONG Zoé podem ser feitas através do site www.ongzoe.org/doe.
(Assessoria de Imprensa)
Especialistas ensinam estratégias para apoiar captação de recursos de ONGs
Edital apoia projetos socioambientais em São Paulo
População amazônica apresenta propostas climáticas antes da COP30
80 anos da ONU: confira 8 curiosidades sobre a organização

11 3251-4482
redacao@ongnews.com.br
Rua Manoel da Nóbrega, 354 – cj.32
Bela Vista | São Paulo–SP | CEP 04001-001