Quem atua no Terceiro Setor desenvolve um trabalho por amor à causa, mas engana-se quem pensa que essa é uma tarefa fácil.
Podemos destacar o trabalho por um bem maior, conhecer pessoas que nos mostram o significado da palavra solidariedade, grandes desafios e uma oportunidade imensa de crescimento profissional e pessoal.
Mas como diz o ditado: “A rapadura é doce, mas não é mole não”.
Outrora, com o desenvolvimento do país e uma economia próspera, diversos investimentos e ações foram direcionados para os segmentos sociais, ambientais e culturais.
Fica difícil citar o montante de investimento realizado tanto pela iniciativa pública quanto pela privada. Praticamente um pote de ouro ao final do arco-íris para diversas organizações, muitos projetos implementados, ações realizadas e um número expressivo de pessoas beneficiadas.
Num dia de céu límpido, as organizações recebem uma bomba no colo, a crise que tanto assolava o setor privado e público chega aos programas e investimentos voltados para as ONGs. E como um big bang ela se espalhou pelos mais diversos vieses de financiamento e patrocínio de projetos e instituições.
Com o andar da carruagem do período de 2010 até os dias atuais o governo reduziu drasticamente os recursos voltados para o Terceiro Setor.
Como em tempos de crise “farinha é pouca, meu pirão primeiro”, não foi muito diferente com a iniciativa privada. Novamente as organizações viram mais uma fonte de financiamento se afunilando.
A conjuntura econômica acarretou em uma enxurrada de contratos de prestações de serviços rompidos, projetos colocados em modo stand by, demissões de pessoal e falência de algumas ONGs.
Acredito que o sentimento de diversos gestores de instituições foi: “E agora?”. É, meus amigos, para você que como eu perdeu o fio da meada, sejam bem-vindos ao clube. Verdade seja dita, essa fase não tem embalagem nem rótulo para nos dizer sua validade. Então, está no tempo de você replanejar sua organização!
Sem sombras de dúvida essa ação se torna fundamental para sua organização, visto que muitos não se preocuparam em prever ou antecipar.
É chegado o momento de realizar a construção de um planejamento estratégico no Terceiro Setor para médio e longo prazo. Essa ferramenta é fantástica, ela te permite planejar o que sua organização gostaria de fazer em determinado período, como executar e as etapas necessárias para se obter os resultados esperados.
Convoque seus colaboradores e parceiros para uma conversa, um diálogo participativo. Coloque na ponta do lápis quais os gastos que podem ser diminuídos para manter a estrutura funcionando, as ações que são mais importantes e projetos futuros.
Planeje os passos de sua ONG. Mas, vou te dar um conselho muito importante, jamais esqueça da missão e dos objetivos de sua organização.
E não se mantenha na inércia, coloque o projeto de baixo do braço e vá à luta. O fato de estar passando por uma crise não é desculpa para abandonar a causa.