Somos feitos de incompletude. Isso significa que vivemos em busca daquilo que pode integrar nossa personalidade, completando consequentes lacunas.
Entretanto, essa busca incessante nos leva apenas ao questionamento de que talvez não sejamos completos em essência – ou seja, independente da procura, nunca estaremos cheios de nós mesmos: o vazio é inerente à nossa condição.
É natural não sermos completos, porque a vida é feita de trocas. Compartilhamos sorrisos, experiências, segredos, músicas, alegrias e tristezas: esse é um processo pelo qual devemos passar porque os retalhos são importantes – eles permitem que nossa história seja tecida de diversas maneiras.
E nessa colcha (nossa trajetória de vida) podemos dizer que à medida que alguns pedaços se encaixam para nos compor, outros devem sair porque são necessários a outras pessoas.
Sim, doar-se implica na necessidade de retribuir o que foi agregado à sua vida! Doamos amor, gratidão, respeito, sorrisos, ações… O que de fato importa, é a relevância desse ato de entrega que devemos tornar um hábito.
Quando você distribui gentilezas, está doando aquele tecido que para você um dia já fez diferença: a vida é assim, cheia de impactos que funcionam como um contágio – se alguém ou algo já nos impactou antes, é possível que possamos transmitir isso à sociedade como forma de retribuição.
Em suma, doar-se é mais que ceder o que não cabe a nós: é dar algo importante, uma lição, experiência, alegria e até tristeza que você já converteu em aprendizado.
É imprescindível o ato de doar-se aos outros, temos que construir consciência de que a coletividade importa, soma e deve ter participação de todos nós.
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