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Ao longo das últimas três semanas de setembro, o WWF-Brasil promoveu uma troca de conhecimento sobre o contexto atual da emergência climática, as mudanças do uso do solo no Brasil e a relação com commodities, legislações nacionais e estrangeiras que preveem critérios socioambientais para cadeias de suprimentos. Co-organizados com a gestora Global Canopy, os encontros virtuais e trouxeram ainda a apresentação de ferramentas para avaliação da exposição ao risco de desmatamento nos portfólios das Instituições Financeiras e estratégias para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis da nossa matriz energética e da carteira de investimentos.
No primeiro encontro da série “Panorama das Mudanças Climáticas e sua relação com o desmatamento no Brasil: qual o papel dos investidores na solução da crise climática e na eliminação do desmatamento?” especialistas de diferentes setores abordaram como o investimento consciente e estratégico pode ajudar a enfrentar a crise climática e o desmatamento no Brasil. O painel, que reuniu Fábio Alperowitch, CEO da Fama Re.Capital; Alexandre Prado, líder de Mudanças Climáticas do WWF-Brasil; Natalie Rosen, pesquisadora sênior do Instituto Latino-Americano para a Justiça Coletiva (ILAJUC); e Nadine Cavusoglu, diretora do programa Consumer Staples da Emerging Markets Investors Alliance (EMIA),destacou o papel estratégico dos investidores nessa pauta urgente.
Os painelistas discutiram como o desmatamento contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa e a importância de dados climáticos na criação de políticas que levem em conta a sustentabilidade. Apresentaram ainda um panorama do cenário regulatório nacional e internacional, enfatizando o impacto dessas mudanças para os investidores e os riscos econômicos para empresas que ignoram as questões climáticas.
Foram apresentados também estudos de caso de instituições financeiras que já implementam políticas voltadas para a sustentabilidade, demonstrando como o comprometimento com o meio ambiente pode ser incorporado às estratégias de investimento. Os panelistas reforçaram ainda a necessidade de mobilizar investidores para que se tornem protagonistas na busca por soluções para a crise climática e no combate ao desmatamento.
No segundo webinar, “Inteligência de Dados para Análise de Carteira de Investimentos quanto à Exposição de Riscos Relacionados à Natureza e Desmatamento”, especialistas da Global Canopy e convidados discutiram a importância de identificar riscos ambientais em investimentos, especialmente no setor de commodities.
No painel foram apresentadas uma série de ferramentas e bases de dados como Encore, Trase, Forest 500, e Forest IQ, que podem ser usadas para fortalecer a diligência e a proteção dos ativos nos investimentos. Com exemplos práticos, os especialistas mostraram infográficos e dados de avaliações reais de investidores que implementaram processos para identificar e mitigar riscos relacionados ao desmatamento.
O encontro contou com a participação de Isadora Carvalho, Líder de Engajamento de Finanças Sustentáveis da Global Canopy; Gillian McCusker, Analista Sênior de Finanças Relacionadas à Natureza da Global Canopy; Emma Thomson, Líder do Forest 500; James Hulse, Consultor Especialista em Engajamento de Finanças Sustentáveis do Forest IQ; Paula Bernasconi, Líder de Engajamento na América do Sul da Trase; e Cecilia Ampuero, Gerente de Portfólio da Capital+Safi.
O último encontro, “Riscos dos Investimentos em Novas Fronteiras Explorativas de Petróleo e Gás: Impactos nas Comunidades Tradicionais e Alternativas de Desenvolvimento Sustentável”, trouxe à tona a relação entre mudanças climáticas e a necessidade de uma transição energética justa. No terceiro webinar especialistas abordaram os impactos socioambientais da exploração de petrólpetróleo e gás no Brasil, especialmente sobre comunidades tradicionais, além de apresentar alternativas viáveis para um desenvolvimento mais sustentável.
Os painelistas, Ricardo Fujii, Líder de Transição Energética do WWF-Brasil; Luene Karipuna, Coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP); Samara Santos, Engenheira de Energia e Consultora do WWF-Brasil; e Tiago Gomes, Investidor da Fama rRe.capital. discutiramas consequências da possível exploração de petróleo na Foz do Amazonas, região do Oiapoque, em que vivem comunidades tradicionais e relatam especialmente os impactos socioambientais que a exploração já tem causado na região.
A sessão contou ainda com a apresentação de dados sobre a exploração na margem equatorial brasileira e um vídeo com depoimentos de lideranças indígenas e pescadores artesanais da região do Oiapoque – evidenciando o impacto de projetos de perfuração nas suas comunidades e modos de vida. E também com uma análise dos riscos envolvidos no investimento em petróleo e gás, e das oportunidades de investimentos em alternativas sustentáveis.
A série de Webinars, que reuniu em média 120 pessoas por sessão, teve o objetivo de engajar os participantes sobre a sustentabilidade nos investimentos, fomentando agentes de mudança em um mundo que precisa enfrentar os desafios climáticas que já demonstram impactos sem precedentes.
Fonte: WWF-Brasil
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