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O Instituto Brasileiro de Capoeira-Educação (IBCE) tem sido um agente transformador na vida de jovens em situação de vulnerabilidade social por meio da capoeira. No ano passado, deu início ao seu programa de maior alcance: o projeto profissionalizante em Capoeira-Educação na sede do IBCE, no Morro da Babilônia, Rio de Janeiro.
Voltada a adolescentes de 14 a 18 anos, a Escola de Capoeira-Educação oferece formação profissional e desenvolvimento pessoal com uma metodologia criativa e interativa. Além de promover o crescimento socioemocional dos jovens, há programas que também trabalham dicas de empregabilidade.
Ao longo de 2023, o IBCE realizou 12.250 atendimentos em 10 diferentes projetos. A organização atua não apenas na sede, mas em outros territórios, como centros socioeducativos para adolescentes em privação de liberdade, escolas em favelas, ocupações populares, populações marginalizadas em situação de rua, coletivos de comunidade LGBTQIAP+ e hospitais com pacientes psiquiátricos.
Em entrevista ao Nota Social, Omri Ferradura Breda, o Mestre Ferradura, destacou os impactos dos projetos.
Nota Social: Para vocês, qual é a importância da capoeira na construção da identidade dos jovens atendidos?
Mestre Ferradura: A capoeira contribui na descoberta da história afro-brasileira para os jovens, valorizando as raízes culturais do nosso país. Os nossos jovens são periféricos e, em sua grande maioria, negros, de modo que a capoeira fortalece neles uma ligação com a ancestralidade.
NS: Atualmente, qual é o projeto da ONG com maior alcance?
MF: Nosso projeto mais abrangente é o de Profissionalização em Capoeira-Educação. Todos os sábados, realizamos um programa de aceleração educacional, que dura das 9h às 19h. Oferecemos aulas de corpo, didática, sustentabilidade, música, inglês, matemática, português e mundo digital. Além disso, trabalhamos com eles habilidades como postura, oratória, liderança e compromisso cidadão. Tudo por meio da capoeira.
NS: Em quais cidades o IBCE atua?
MF: O IBCE atua presencialmente somente no Rio de Janeiro, mas, desde 2017, oferecemos um curso online gratuito de formação de professores, que já teve mais de 7.000 inscritos ao redor do mundo.
NS: Conte uma história que te marcou em um dos projetos da organização.
MF: Uma história marcante é a do Átila, um dos alunos da primeira turma. Ele se tornou monitor e hoje é responsável por boa parte da renda familiar com o dinheiro que ganha da capoeira.
NS: Quais são os planos futuros da ONG?
MF: Nosso objetivo é transformar a Escola Capoeira-Educação em uma política pública, levando-a para todas as escolas municipais do Rio de Janeiro.
Para mais informações sobre o IBCE, acesse: https://capoeiraibce.org/.
(Rafaela Eid, do Nota Social)
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