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A Casa de Acolhida Padre Eustáquio (CAPE) é uma instituição que se dedica a oferecer suporte a crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer, cardiopatias, nefrologias e outras doenças graves. Reconhecendo que o sucesso do tratamento vai além dos cuidados médicos, a CAPE integra aspectos emocionais, nutricionais e sociais no atendimento, proporcionando apoio psicológico, orientação nutricional, fonoaudiologia, fisioterapia, acupuntura e atividades culturais e educativas.
A abordagem holística visa atender tanto os pacientes quanto suas famílias, oferecendo um ambiente acolhedor e de apoio durante todo o processo. Além do suporte terapêutico, a CAPE funciona como uma casa de amparo para famílias de todo o Brasil, especialmente as do interior de Minas Gerais, durante os estágios de tratamento.
Com capacidade para abrigar simultaneamente 120 pessoas, incluindo 60 crianças e adolescentes com seus acompanhantes, a organização oferece cinco refeições diárias, leitos com espaço para acompanhantes, lavanderia e transporte. A CAPE considera as necessidades individuais de cada família, proporcionando um apoio sociofamiliar humanizado e personalizado, tanto durante quanto após o tratamento.
Em entrevista realizada com Mônica Araújo, Superintendente da Casa de Acolhida Padre Eustáquio, ela compartilhou detalhes sobre o dia a dia da organização, reafirmando a dedicação e o compromisso que orientam cada ação.
Nota Social: Como surgiu a ideia de criar a Casa de Acolhida Padre Eustáquio? Qual foi a motivação inicial?
Casa de Acolhida Padre Eustáquio: Nosso idealizador e presidente, Sr. José Marcílio Nunes Filho, teve um sonho em que Padre Eustáquio, beato da Igreja Católica lhe pediu que cuidasse de crianças com câncer. Movido por essa visão, em dezembro de 2013, ele deu início à construção da estrutura que hoje abriga a CAPE. Assim, José Marcílio transformou um sonho em realidade, criando um espaço dedicado ao cuidado e apoio dessas crianças.
NS: Quais são as principais ações realizadas pela organização?
CAPE: A CAPE acolhe crianças, adolescentes e seus acompanhantes, durante o tratamento contra o câncer e de outras doenças não infecciosas. A organização oferece uma extensão de seus lares: moradia, alimentação, transporte, atendimento multiprofissional, tudo isso com um acolhimento humanizado e individualizado. Algumas ações são realizadas de forma constante e recorrente em nossa organização, como:
NS: Quais foram os maiores sucessos e realizações da ONG até hoje?
CAPE: A CAPE já acolheu mais de 1.000 crianças em tratamento oncológico e de outras doenças não infecciosas, juntamente com seus acompanhantes, oferecendo apoio também à rede familiar. Esse acolhimento possibilita a continuidade do tratamento, além de garantir um atendimento humanizado e adequado às necessidades específicas que cada caso exige. Atualmente, assistimos mais de 300 crianças em tratamento ativo, bem como seus acompanhantes, proporcionando toda a estrutura física e de atendimento necessária para o sucesso do tratamento.
Em 2023, realizamos 20.863 atendimentos com nossa equipe multidisciplinar, composta por profissionais de psicologia, técnica de enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, atendimento social e assistência social. Esse suporte integral tem contribuído diretamente para o sucesso no tratamento e para a melhoria da qualidade de vida dos nossos guerreiros e de suas famílias, que enfrentam juntos a luta contra a doença.
Ainda neste ano, lançamos o grande projeto “Salvando Vidas – Carreta da Família”, em parceria com a Santa Casa BH e o Supermercado BH. Com essa iniciativa, levamos tratamentos de ponta para os municípios mais carentes, onde há maior escassez de equipamentos e profissionais de saúde, com o objetivo de diagnosticar o câncer precocemente não apenas em crianças, mas em todo o núcleo familiar. Assim, buscamos aumentar as chances de cura por meio de diagnósticos rápidos e precisos.
NS: Quais são os principais eventos ou campanhas organizados pela Casa de Acolhida Padre Eustáquio ao longo do ano?
CAPE: A ONG realiza ao longo do ano eventos como a Feijoada Camarada, o Setembro Dourado, o Ride Solidário, o Chefs Contra o Câncer e o Bazar Júlia Menotti. Além disso, participamos do McDia Feliz, principal evento beneficente do McDonald’s, que é atualmente, uma das maiores mobilizações em prol de crianças e adolescentes no Brasil. A campanha foi direcionada para dois projetos, que são realizados na Santa Casa BH: Projeto 1: Promovendo o Diagnóstico Precoce em Unidade Móvel de Saúde Oncológica – Capacitação/Sensibilização e Projeto 2: Monitorando Vidas – Aquisição de Monitores Multiparâmetros, Monitor Spot e Cateter PICC.
NS: Qual é o maior desafio enfrentado atualmente pelo projeto e seus voluntários?
CAPE: Nosso maior desafio hoje é a manutenção da organização. Para manter a qualidade do acolhimento oferecido é um grande desafio, tendo em vista que todos os atendimentos e toda estrutura é mantida através de doações de pessoas físicas e jurídicas.
NS: Como as pessoas podem contribuir para ajudar a Casa de Acolhida Padre Eustáquio?
CAPE: Existem várias formas de contribuição, adaptadas às diferentes possibilidades e desejos dos doadores:
NS: Quais são os planos futuros da organização?
CAPE: Os principais planos da CAPE estão centrados em sustentabilidade e transparência social. Entre as metas prioritárias, destacam-se: reduzir sequelas dos tratamentos, buscando resultados mais rápidos e eficazes para os pacientes; garantir segurança, conforto e bem-estar aos acolhidos, proporcionando um ambiente acolhedor e seguro; minimizar a desnutrição em todas as etapas do tratamento, com o objetivo de alcançar melhores resultados na recuperação dos pacientes; ampliar o projeto “Salvando Vidas – Carreta da Família”, levando cuidados médicos de ponta às comunidades mais carentes, e implantar a CAPE para autistas, garantindo um atendimento especializado para esse público.
Para saber mais sobre a organização, acesse Casa de Acolhida Padre Eustáquio.
(Amanda Maciel, do Nota Social)
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