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A Educação Ambiental junto aos moradores de Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) gera resultados significativos quando há união entre saberes científicos e tradicionais. É dessa forma que as atividades da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) desenvolvem projetos de educação para sustentabilidade com crianças e adolescentes de comunidades ribeirinhas.
Um desses projetos é o “Plantando Saberes & Colhendo Florestas”, que teve como um dos resultados obtidos no mês que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente: a elaboração de um baralho educativo e guia de espécies-bandeira. O jogo de cartas foi elaborado a partir de atividades que ocorreram em 2023, no âmbito do eixo “Trilhando Espécies”, concentrando-se em interações diretas com membros da comunidade. O objetivo era identificar as espécies de animais e vegetais predominantes em seus territórios, sensibilizar sobre a relevância de cada uma para o ecossistema e determinar quais seriam as espécies-símbolo, geralmente chamadas de espécies-bandeira. Esse termo indica espécies de seres vivos cuja conservação é prioritária e pode servir de símbolo para causas ambientais maiores, como a proteção de um ecossistema inteiro.
A supervisora de Educação Ambienta, Iarima Lopes, explica que a proposta do baralho é promover uma forma didática de incentivar a conservação das espécies de fauna e flora e a importância das mesmas para a manutenção da floresta em pé. “Projetos como esse podem abrir um horizonte de reflexão sobre medidas eficazes para proteger a fauna e flora da Amazônia, essenciais para a manutenção desse bioma. Acredito que a sensibilização gerada através das atividades socioeducativas durante as oficinas com os diferentes públicos seja um ponto de partida para um diálogo mais amplo e aprofundado sobre a importância das espécies bandeiras, bem como a necessidade de novos meios de abordagem de forma contextualizada com a nossa realidade”, afirma.
Ernesto Ferreira de Souza, da comunidade São Francisco do Caribi, no município de Itapiranga – AM, afirma que por meio das oficinas teve a oportunidade de conhecer sobre espécies e animais que ele vê no dia a dia, mas que não sabiam a importância. “Como morador, fico satisfeito em ver as crianças com um conhecimento mais avançado em conhecer a floresta e aproveitar o que a gente tem. [No projeto] eu fui convidado para falar sobre o meu conhecimento sobre uma árvore, e eu falei do cipó língua-de-fogo. Ele é um cipó que é armazenador de água. Se alguém se perder na floresta e encontrar um cipó, consegue tomar água. Por meio dessas oficinas, eu descobri que conheço um pouco da ciência”, declara.
Durante a ação, foram identificadas 20 espécies, incluindo 10 animais e 10 plantas, sendo elas: Tucunaré-açu; Tracajá; Peixe-boi; Arara Canindé; Anta; Onça-pintada; Tartaruga da Amazônia; Jacaré-açu; Mutum; e Sucuriju. Já as espécies de flora foram: Copaíba; Castanheira; Pau-rosa; Itaúba; Breu-branco; Breu; Andiroba; Pau d’arco; Louro-rosa e Tucumã.
A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.
Os materiais estão disponíveis no site da FAS (baralho e guia de espécies).
Fonte: Fundação Amazônia Sustentável
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