Mulheres de diferentes regiões do Brasil se destacam no enfrentamento aos desastres climáticos


O Museu da Universidade Federal do Pará apresenta, a partir de 8 de novembro de 2025, a exposição Imagens para adiar o fim do mundo, reunindo obras de artistas indígenas contemporâneos que, por meio da fotografia e do audiovisual, tensionam os limites entre memória, território, ancestralidade e futuro.
Com curadoria de Richard Wera Mirim (Guarani) e João Kulcsár, a mostra reúne trabalhos de Moara Tupinambá, Edgar Kanaykõ Xakriabá, Genilson Guajajara, Kamikia Kisedje, Richard Wera Mirim, Leticia Valverdes/Munduruku de Sawre Muybu, Denilson Baniwa e Natalia Tupi — artistas que emergem como vozes fundamentais no debate sobre meio ambiente, cultura e direitos dos povos originários.
Inspirada no pensamento de Ailton Krenak e em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo, a exposição parte da urgência de repensar os modos de existir no planeta e de recusar narrativas que insistem em naturalizar a crise climática e humanitária. “As imagens produzidas por indígenas ou em colaboração que expressam formas de resistência, cuidado, sonhos, denúncia ou esperança, registrando ações, gestos e paisagens que revelam o que estamos — ou poderíamos estar — fazendo para adiar o fim do mundo”, afirma Kulcsár.
Instalada na fachada do prédio histórico do Museu da UFPA, no coração de Belém, a mostra estabelece um diálogo direto com a cidade e seu tecido social, convidando o público a viver a experiência estética em espaço público e cotidiano — um gesto simbólico e político em um território Amazônico que concentra as maiores disputas ambientais e culturais do planeta.
Durante a COP30, sediada em Belém, “a exposição torna-se um manifesto visual que propõe outras formas de imaginar o mundo: mais justos, diverso, tolerante e sustentável”, diz Kulcsár. Para o curador indígena Richard Wera Mirim, “mostrar imagens produzidas a partir da nossa perspectiva é ocupar um espaço fundamental da disputa narrativa. É afirmar que nossos corpos, territórios e modos de vida não são passado — são presente e futuro”.
Além das obras exibidas na fachada, o público poderá assistir a um audiovisual reunindo trabalhos de mais de 300 artistas, fruto de uma convocatória que mobilizou criadores de diferentes regiões do Brasil e do mundo, ampliando o alcance e a potência coletiva do tema. A iniciativa revela a dimensão colaborativa e plural do projeto, ativando redes de criação, denúncia e imaginação.
A exposição contará com programação educativa ao longo do período de visitação, com mediações e atividades formativas conduzidas pela equipe do museu, reforçando o compromisso com o diálogo, a escuta e a construção de repertório cultural e ambiental.
(Assessoria de Imprensa)
Mulheres de diferentes regiões do Brasil se destacam no enfrentamento aos desastres climáticos
Edital da EBANX recebe projetos de Lei de Incentivo
Calculadora gratuita ajuda na triagem de sintomas de depressão
13º Encontro de Futebol de Rua acontece em SP

11 3251-4482
redacao@ongnews.com.br
Rua Manoel da Nóbrega, 354 – cj.32
Bela Vista | São Paulo–SP | CEP 04001-001