Porque você comemorou o Dia da Mulher da forma errada

Redação
27 de março de 2025
  • Mulheres
  • Terceiro Setor
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Oito de março passou. E agora?

Caso a sua empresa tenha enviado mensagens de “parabéns” para as colaboradoras, a sua ONG fez uma campanha nas redes sociais sobre a importância das mulheres, ou você compartilhou um post bonito no Instagram, mas nenhuma ação concreta foi implementada, então você comemorou o Dia da Mulher da forma errada.

O 8 de março não é uma celebração, é um toque para mudanças reais na sociedade — afinal, até mesmo a maneira que essa data foi instaurada é indignante e reveladora, então por que permitimos que ela se torne um instrumento de mercado?

O Mês da Mulher é um período para relembrarmos conquistas, mas também para reconhecermos tudo que ainda falta ser feito para alcançar a equidade de gênero.

O problema? Todos os anos, a data é esvaziada e reduzida a gestos simbólicos que não trazem impacto real.

Mas ainda dá tempo de fazer diferente. 

Vamos destrinchar, agora, maneiras de transformar este dia (e todo o mês de março) em mudança concreta para as mulheres.

Veja também: Um superpoder chamado sororidade

Como ressignificar o Dia da Mulher com ações reais

Para realizar ações para além de homenagens simbólicas, comece aplicando estratégias concretas que impulsionam a equidade de gênero no seu ambiente de trabalho, na sua organização, na sua comunidade, na sua família, no seu grupo de amigos e na sociedade.

Por exemplo:

Para empresas: políticas internas que vão além do discurso

Distribuir brindes ou mensagens comemorativas não resolve os desafios que as mulheres enfrentam no ambiente de trabalho. É por isso que o compromisso com a equidade precisa estar nas políticas internas, ou seja: revisar processos, garantir oportunidades iguais e criar um ambiente seguro para todas.

O que sua empresa pode fazer?

  • Avaliar a equidade salarial e corrigir disparidades entre homens e mulheres
  • Criar e reforçar canais seguros para denúncias de assédio
  • Implementar políticas reais de licença parental e flexibilização para mães

Por quê?

Mulheres ainda ganham, em média, 19,4% menos do que os homens e ocupam menos de 20% dos cargos de liderança no Brasil. Essa é a sua chance de fazer diferente. 

Para ONGs: ações práticas para ampliar o impacto social

Caso você faça parte de uma organização da sociedade civil (OSC), sabe que a desigualdade de gênero está presente em várias frentes: desde a baixa representação política até a falta de acesso a direitos básicos. OSCs podem usar o Dia da Mulher para gerar mobilização e conscientização de forma mais estratégica.

Como as organizações podem agir?

  • Criar programas de capacitação para mulheres em situação de vulnerabilidade
  • Estabelecer parcerias com empresas para promover empregabilidade feminina
  • Utilizar o 8 de março para pressionar governos municipais, estaduais e federais por políticas públicas de proteção e equidade

Por quê?

Apenas 12% das prefeituras brasileiras são comandadas por mulheres, e a desigualdade racial aprofunda ainda mais esse cenário. OSCs podem olhar para este dado como uma oportunidade de gerar ações que eduquem e mobilizem a sociedade civil. 

Veja também: Machismo mata: a violência contra mulheres no Brasil não pode ser ignorada

Para a sociedade civil: ações que fazem a diferença no dia a dia

Para você que deseja fazer a diferença, mas não sabe como, comece refletindo sobre as pequenas atitudes diárias que podem ajudar a transformar essa realidade desigual. A equidade de gênero não se constrói apenas com grandes movimentos, mas também no cotidiano — talvez, especialmente no cotidiano. 

O que VOCÊ pode fazer?

  • Apoiar e consumir de negócios liderados por mulheres
  • Incentivar meninas a se interessarem por áreas como ciência e tecnologia
  • Questionar e se posicionar contra desigualdades e violências normalizadas

Por quê?

As mulheres representam 51,5% da população brasileira, mas continuam enfrentando barreiras no mercado de trabalho, na política e no acesso a direitos. A conta não fecha e todas nós podemos expressar esses dados de forma prática e mobilizadora em nossos círculos sociais. 

Veja também: Manual para Roda de Conversa Feminista 

A Nossa Causa te convida a transformar o Mês da Mulher em um compromisso diário

Queremos um futuro mais justo, certo? Então, o Dia da Mulher precisa ir além das homenagens passageiras. 

Empresas precisam adotar políticas concretas, ONGs precisam fortalecer redes de apoio e a sociedade civil deve ampliar o debate sobre equidade.

Quer mais ideias de como agir e mobilizar pessoas? Acompanhe a campanha do Mês da Mulher da Nossa Causa em nossas redes sociais e nos ajude a conscientizar cada vez mais pessoas sobre a urgência dessa data!

Clique aqui para conhecer a Campanha!

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