Segundo dados do último Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, a população indígena brasileira é composta por 896.917 pessoas, das quais 572.083 vivem na zona rural e 324.834 habitam as cidades.
Os dados estatísticos revelaram que em todos os Estados da Federação há populações indígenas, sendo a região norte a que concentra mais integrantes dos povos originários.
Embora o Brasil todo seja uma terra indígena, essas pessoas ainda enfrentam muito preconceito, além de sofrerem com a violência em suas terras praticada por garimpeiros, grileiros e outras pessoas que realizam atividades ilegais.
A verdade é que a maioria dos brasileiros e brasileiras ainda pensa nas pessoas indígenas de forma estereotipada, como se todas utilizassem roupas e acessórios “típicos”, morassem em “aldeias” e não pudessem ocupar os espaços urbanos.
Nas escolas, nós aprendemos a associar os povos originários ao passado e a esses estereótipos que os identificam como contrários aos brancos “civilizados”. Assim, não nos ensinam somos ensinados a valorizar a cultura indígena e nem entender sobre os diferentes povos que existem no Brasil.
Por isso mesmo, o trabalho de ativistas, que atuam tanto em espaços físicos quanto nos digitais, é tão importante!
No dia 19 de abril, foi celebrado o Dia dos Povos Indígenas, que tem como objetivo promover a conscientização sobre a luta das pessoas que fazem parte dos povos originários.
Para celebrar este mês, nós elaboramos este artigo apresentando cinco ativistas indígenas que abordam o assunto em suas redes sociais para promover a sua causa!
São pessoas que utilizam suas vozes e as plataformas digitais para desmistificar ideias preconceituosas a respeito dos povos originários e conscientizar sobre temas como a demarcação de terras, o racismo e as violações aos direitos desses povos.
Continue lendo e confira alguns ativistas indígenas que você deveria seguir para se informar sobre esta importante causa!
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Txai Suruí
Com apenas 24 anos, Txai Suruí foi a primeira indígena a falar na abertura de uma conferência do clima, a COP26, em Glasgow.
Nascida dos Povos Suruí em Rondônia, Walelasoetxeige Suruí (ou Txai Suruí) é filha de Almir Suruí, uma das lideranças indígenas mais conhecidas por lutar contra o desmatamento na Amazônia.
Ativista e estudante de direito, ela trabalha na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), entidade que defende a causa indígena, e também criou o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia!
Txai liderou atos pedindo a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro e denunciou o avanço da agropecuária sobre a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
Em seu discurso na COP26, ela ressaltou a necessidade de medidas urgentes para frear as mudanças climáticas e destacou a importância dos povos indígenas na proteção da Amazônia.
Você pode acompanhar o trabalho de Txai em seu Instagram, onde ela divulga mais informações sobre eventos que participa e também cria conteúdo sobre a causa indígena.
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Elison Santos, do “Indígena Memes”
Administrador do perfil “Indígena Memes”, no Instagram, Elison faz parte do povo Pipipã, de Pernambuco.
Através de memes e piadas, ele utiliza suas postagens para abordar temáticas importantes para os povos originários e gerar entretenimento.
Seu objetivo é abordar temáticas importantes para as comunidades indígenas de uma forma divertida, mas ainda trazendo uma conscientização sobre os assuntos.
Em uma entrevista ao Metrópoles, Elison ressaltou que criou o perfil porque não via conteúdos desse tipo voltados para os povos originários e queria falar sobre suas vivências de uma forma mais descontraída.
Acompanhe o perfil de Elison no Instagram para saber mais sobre os povos indígenas e dar umas risadas!
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Alice Pataxó
Ao viver um processo de reintegração de posse na aldeia Araticum, Alice Pataxó passou a se engajar na militância como ativista digital.
Hoje, ela cria conteúdos sobre questões como demarcação de terras, mudanças climáticas e igualdade de gênero direcionados às pessoas não indígenas que querem aprender mais sobre a luta dos povos originários.
Alice cursa bacharelado interdisciplinar em humanidades na Universidade Federal do Sul da Bahia, além de atuar como jornalista e embaixadora da WWF Brasil.
Ela também esteve na COP26 e lá destacou a importância da luta pela preservação do meio ambiente e pela garantia dos direitos dos povos indígenas.
Acompanhe o seu perfil no Instagram para aprender mais sobre essa importante causa!
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Cristian Wariu
Nascido no território Parabubure, na região do Vale do Araguaia, no Mato Grosso, Cristian Wariu Tseremey’wa utiliza a internet para desmistificar ideias preconceituosas sobre indígenas.
Pertencente ao povo Xavante, o estudante de comunicação acredita no poder das redes sociais para compartilhar informações sobre a luta indígena a mais pessoas.
Seu canal do Youtube conta com mais de 40 mil inscritos e ele também apresenta dois podcasts: o Voz Indígena e o Copiô Parente.
Além dessas duas plataformas, Cristian também utiliza o TikTok para alcançar os jovens com vídeos curtos, nos quais ele aborda questões como a diversidade dos povos originários, o pertencimento e os termos pejorativos ligados aos indígenas.
Seu objetivo é trazer essa conscientização principalmente para as gerações mais novas!
Acompanhe o seu trabalho no Instagram, no Youtube e no TikTok!
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Alessandra Munduruku
Alessandra atua na luta pelos direitos indígenas e pela proteção ambiental, defendendo o território munduruku, localizado no estado do Pará, das atividades ilegais.
Devido ao seu trabalho em defesa do seu território, ela ganhou o prêmio de Direitos Humanos Robert F. Kennedy em 2020!
Atualmente, a ativista estuda direito na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e segue lutando contra o garimpo ilegal, que afeta diversas terras indígenas, principalmente da Amazônia.
Acompanhe seu perfil de Alessandra no Instagram para saber mais sobre o seu trabalho.
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