Você já parou para pensar na possibilidade de ter sua vida virada de cabeça para baixo por conta de uma tragédia que mudou toda a realidade da forma como você a conhecia? Pois é, é basicamente essa situação que a população do Moçambique e Zimbábue estão vivendo após a passagem do ciclone Idai, que devastou o parte do país no início de março.
O Idai é o ciclone mais forte a afetar Moçambique desde o Eline, que em 2000 matou mais de 800 pessoas. Desta vez, o fator surpresa foi determinante para a dimensão dos estragos, já que, ao longo dos anos, centenas de habitações foram construídas em zonas inundáveis de Beira, a segunda maior cidade do país. A metrópole, de 500 mil habitantes, ficou destruída. O número de mortos já passa de mil. O ciclone chegou à categoria 3, ou seja, foi extremamente intenso, com ventos que chegaram a 200 km/h.
Dificuldades para a ajuda humanitária
Uma questão relevante acerca do acontecimento dos ciclones tropicais nesta zona africana durante o verão, é que eles são tão comum quanto os tufões na costa oeste americana – e trata-se de fenômenos meteorológicos exatamente iguais. Porém, quando ocorrem nos Estados Unidos, eles recebem mais atenção e são melhor documentados.
As equipes de ajuda humanitária estão com dificuldades de chegar à região atingida, tomada pelas águas e o barro. O drama ocorre em dois dos países mais pobres do planeta. As imagens de sobreviventes aguardando resgate em cima das árvores, em meio às inundações, chocaram o mundo.
A organização Médicos Sem Fronteiras só conseguiu começar a atuar na terça-feira (19). As equipes de reforço encontraram hospitais danificados, sem telhado nem luz.
O Programa Alimentar Mundial, da ONU, estimou que entre 500 e 600 mil pessoas precisarão de ajuda após o Idai.
Saiba como colaborar
Você pode contribuir com a reconstrução da vida de milhares de pessoas atingidas pelo Idai a partir da colaboração com ações humanitárias que estão trabalhando em prol do benefício das famílias atingidas pelo ciclone. Para isso, basta entrar em contato com alguma organização internacional ou entidades filantrópicas que estão recebendo ajuda. Confira algumas:
ONU
Aceita doações para fornecer alimentação medicamentos e abrigo. Clique para contribuir.
Unicef
Campanha de emergência para coletar novas doações para socorrer crianças desabrigadas. Contribua aqui.
Médicos sem Fronteiras
Reúne doações em dinheiro para arcar com equipamentos como filtro de transfusão, soro e purificadores de água. Saiba mais.
ActionAid
Fundo de emergência recebe doações em dinheiro, no valor mínimo de R$ 35,00. A meta é arrecadar R$ 50 mil para as necessidades mais imediatas como água potável, alimentos, combustível e kits de higiene. Veja como doar.
OXFAM
A Oxfam é uma Confederação internacional de organizações de ajuda humanitária e combate à pobreza, que está na região provendo a entrega de alimentos como farinha de milho, feijão e óleo de cozinha, além de fornecer água tratada e informações sobre como evitar a disseminação de doenças. Contribua clicando aqui.
Save the Children
Coleta contribuições de donativos e produtos que serão destinados para ajudar às crianças vítimas da tragédia. Descubra como participar.
SOS Children’s Villages
Faz campanha por doações para oferecer cuidados às crianças vítimas do ciclone. Veja como ajudar.
Humanity & Inclusion
Doações de alimentos, água e abrigo aos atingidos pelo ciclone. Saiba como contribuir.
Caritas
Aceita doações em dinheiro pela internet para custear alimentos, medicamentos, abrigo e itens de ajuda humanitária. Faça sua doação.
Estenda a mão a quem precisa
Não importa como e nem com quanto você pode contribuir, o que vale nesse momento de fragilidade é estender a mão às pessoas que precisam de recursos para retomarem os rumos de suas vidas, após um desastre que dizimou milhares de vidas e colocou outras tantas em vulnerabilidade. Faça a sua parte, adote uma das campanhas que listamos e vamos trabalhar unidos por um mundo melhor para todas as pessoas, de todos os lugares.
Foto: Guillem Sartorio / AFP