Para quem você olhou hoje?
Essa pergunta pode soar bastante subjetiva em um primeiro momento, não é mesmo? Mas a reflexão que ela provoca é um dos convites que o Instituto Aurora – organização que nasceu para contribuir à construção de uma sociedade mais justa socialmente e livre de preconceitos, por meio da educação em Direitos Humanos – propõe para pensarmos.
Faça o exercício:
Feche seus olhos e tente lembrar quem foram as pessoas que cruzaram o seu caminho na última vez que você andou nas ruas da sua cidade.
Você parou para olhar para elas?
Você, mesmo que por um minuto, pensou sobre a realidade que elas vivem?
É claro que em um primeiro momento, quando pensamos nos Direitos Humanos logo vem à cabeça a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), instituída pela ONU em 1948. Mas a ideia de respeito e valorização da vida de todas as pessoas, vai além dos textos deste manual. Começa em nós mesmos, a partir do momento que passamos a enxergar o próximo em vez de apenas olhar para ele. Com essa premissa, Michele Bravos deu origem ao Instituto Aurora.
Inspire-se com a história do Instituto Aurora
Inspirados pelas ações já realizadas pelo Instituto Aurora, nós convidamos Michele para uma conversa aqui na sede da Nossa Causa, com objetivo de conhecer mais e divulgar para outras pessoas as ações que eles realizam. Assista e inspire-se você também por essa causa tão bonita e necessária:
Aurora sempre foi um grupo de pessoas, composto majoritariamente por mulheres, que acredita que o Brasil e os países do hemisfério sul podem ser um lugar mais justo socialmente, livre de preconceitos. O grupo enxerga na educação e na arte ferramentas que podem ser caminhos para a construção dessa realidade.
Em sua história, antes mesmo de ser um instituto formalizado, Aurora era um projeto que, ainda como grupo informal e independente, realizava ações em sintonia com a vontade de colocar em prática a realidade que almejavam. Foi o projeto Eu Vejo Flores, em 2015, que consistia em dialogar sobre autoestima, autonomia, perspectiva de vida e violência, com mulheres em cumprimento de pena no sistema carcerário, que se tornou o ponto de partida para expandir as atividades e passar a realizá-las de forma organizada dentro do instituto.
Afinal, foi a partir do reconhecimento do projeto Eu Vejo Flores, por parte de universidades em âmbito nacional e setores públicos do Estado do Paraná, que Michele e suas companheiras tiveram a oportunidade de expandir sua atuação em público e espaço, no ano de 2017.
O Eu Vejo Flores passou a acontecer com meninas inseridas no sistema de socioeducação. E a por meio desse acontecimento, foi possível realizar uma versão masculina desse projeto, ainda no mesmo ano, intitulada Homens Que Somos.
Então, no final de 2017, o Instituto Aurora abraçou os projetos que já eram realizados de forma independente e, paralelamente, planejou novos projetos. Começou, assim, seu processo de formalização e profissionalização.
“Quando o Instituto Aurora ainda era um sonho, ele existia no meu coração e na minha mente. Quando o sonho foi compartilhado, ele começou a se tornar realidade e, aos poucos, centenas de pessoas foram sendo impactadas por algo que já não era mais só meu. Aurora é um sonho compartilhado. Aurora é um projeto de muitas pessoas. Aurora é uma organização de gente que se desafia, que (se) transforma e que ama. Esse é só o começo de nossa história.”
Michele Bravos – Diretora do Instituto Aurora
Pessoas que causam
Compartilhar histórias de pessoas que estão transformando o mundo é uma das formas que encontramos para inspirar e convidar mais pessoas a participarem ativamente da construção do mundo que sonham.
Se essa história te tocou, conte para nós! Comente aqui embaixo, compartilhe este artigo com sua rede e se conecte com o Instituto Aurora.