Você já parou para pensar nas frases, palavras que usamos no nosso dia a dia e como elas podem afetar as pessoas ao nosso redor? Muitas vezes, sem perceber, acabamos utilizando expressões que carregam vieses capacitistas, ou seja, que discriminam ou menosprezam pessoas com deficiência.
Por isso, mais que só pedir desculpas depois do feito, é importante que tenhamos consciência do impacto dessas palavras e expressões e busquemos formas de combatê-las.
Hoje, trouxemos alguns exemplos de expressões capacitistas e como podemos contribuir para a construção de relacionamentos e ambientes mais inclusivos. Vamos entender o significado por trás delas, refletir sobre a importância de uma linguagem empática e descobrir alternativas para substituir termos ofensivos. Afinal, todas as pessoas merecem ter seus direitos respeitados, com igualdade e dignidade.
Vem com a gente nessa jornada de conscientização e aprendizado. Afina, uma sociedade verdadeiramente democrática se faz com inclusão e combate a qualquer preconceito
Entendendo o Capacitismo: O Significado e Impacto das Palavras
Provavelmente você já ouviu falar sobre capacitismo, termo que se refere ao preconceito e discriminação enfrentados pelas pessoas com deficiência. Seja através de campanhas de impacto mundial, e pela resistências de grupos e pessoas referências na pauta ligada às pessoas com deficiência, hoje é mais um daqueles debates em alta. Mas, infelizmente, por vezes fica só no debate.
Assim como os demais preconceitos, o capacitismo está ligada a diversas formas de opressão, e trata-se de um problema social e estrutural, que demanda uma compreensão honesta e disposição para que mudanças possam ser estabelecidas.
Entender o significado e impacto do capacitismo é essencial para pensar ações que promovam uma sociedade mais inclusiva.
O capacitismo se manifesta de várias formas, desde a falta de acessibilidade em espaços públicos, estereótipos e estigmas associados às pessoas com deficiência, até a ausência de protagonismo destas pessoas em diversos cenários sociais.
Pensando no nosso dia a dia, muitas vezes, as expressões que usamos involuntariamente podem reforçar esses preconceitos, perpetuando uma visão negativa e limitada das capacidades das pessoas com deficiência.
Por isso, é fundamental refletir sobre a linguagem que utilizamos e como ela pode afetar as pessoas que nos cercam. Ao adotar um vocabulário empático, ou seja, só de se colocar no lugar da outra pessoa ao se comunicar com alguém, já são grandes as chances de se praticar uma comunicação inclusiva e evitar termos pejorativos ou estigmatizantes, contribuindo assim para a construção de um ambiente mais acolhedor e justo para os seus círculos.
Entender o capacitismo é o primeiro passo para combater essa forma de discriminação e promover a igualdade de oportunidades para todas as pessoas.
Alternativas Inclusivas: Substituindo Expressões Capacitistas
Expressões capacitistas são aquelas que associam deficiências, limitações físicas ou mentais a algo negativo, inferior ou menos válido.
A seguir algumas delas:
- Estou cega(o) de raiva
- João sem braço
- Está cega(o)/surda(o)?
- Fingir demência
- Fingir de surda(o) / cega(o)
- Mancada
Bom, essas são apenas algumas das várias expressões capacitistas que pessoas com deficiência sempre se deparam por aí.
Também existem momentos em que as pessoas querem expressar reações em relação à deficiência alheia e acabam escolhendo dois caminhos: “heroísmo” ou “coitadismo”.
“Heroísmo”, em outras palavras, é quando há uma supervalorização das realizações de tarefas básicas. Já o “coitadismo” é quando as pessoas subestimam as capacidades de outras pessoas apenas por terem uma deficiência.
A seguir, alguns exemplos:
- Nossa, nem parece que você é PCD!
- Você é uma guerreira / um guerreiro!
- Apesar de PCD, você parece feliz
- Achei que você era normal
- Se fosse comigo, nem sei o que faria
- Você é uma pessoa especial
- Você nasceu assim, foi acidente ou foi doença?
Quando usamos expressões como “estar cego para algo” ou “ser louco”, estamos perpetuando estigmas e reforçando uma visão preconceituosa sobre pessoas com deficiência.
“Ah, mas eu aprendi assim, é difícil desacostumar.”
Bom, mais uma vez, voltemos ao fator essencial de qualquer interação e relacionamento social: a empatia. A outra pessoa pode até te dizer que não se incomoda, mas sua fala não apenas a exclui, como perpetua a opressão. Por que não mudar isso?
A boa notícia é que existem diversas alternativas inclusivas que podemos adotar no nosso vocabulário. Ao invés de dizer “estar cego para algo”, podemos optar por expressões como “não compreender” ou “não estar familiarizada(o)”. Em vez de usar “fingir demência”, podemos dizer “fingiu não entender”. Em vez de usar “cega de raiva”, podemos dizer “com muita raiva”.
Sobre “heroísmo” e “coitadismo”, lembre-se: você não precisa manifestar opiniões ou emoções em relação à deficiência alheia. Trate a pessoa como ela é: uma pessoa. Escute, entenda quais são seus limites e possibilidades dentro da relação e, assim como em qualquer outra, pratique o respeito e a empatia.
Pequenas mudanças na forma como nos expressamos fazem uma grande diferença na construção de ambientes mais inclusivos, diversos e acolhedores. Vamos nos conscientizar sobre o impacto da nossa comunicação e buscar sempre alternativas inclusivas, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
O combate ao capacitismo começa em você!
Repensar nossa comunicação no cotidiano e substituir expressões capacitistas por alternativas inclusivas é fundamental para promover uma convivência possível para todas as pessoas.
Agora que entendemos melhor como combater as expressões capacitistas, convidamos você a se juntar a nós nessa jornada de aprendizado. Adotemos uma postura ativa na promoção de comunicação inclusiva e combativa em situações capacitistas. Vamos construir uma sociedade onde as pessoas se sentem acolhidas e dignas.
Bora colocar em prática tudo o que aprendemos aqui hoje e disseminar respeito e empatia, desafiando os padrões estabelecidos.
Vem com a gente e faça parte dessa transformação!
Inclusão é a Nossa Causa.