O Instituto Aurora lançou sua nova publicação, o Panorama da Educação em Direitos Humanos no Brasil: o biênio 2019-2020 e perspectivas futuras, com a intenção de apresentar como a institucionalização da Educação em Direitos Humanos (EDH) no Brasil foi afetada pelas decisões tomadas na primeira metade do mandato presidencial de Jair Bolsonaro e pelos governos estaduais.
Ao apresentar o que já passou ou tem se passado, a publicação convida quem a lê a se perguntar sobre os caminhos futuros da área, levando em conta apontamentos do próprio governo federal e também de outras organizações não-governamentais.
Com reflexões iniciais assinadas pelo Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos e Think Twice Brasil, o Panorama traz uma pergunta bastante direta: afinal, para que serve a EDH e por que devemos nos preocupar com seus rumos?
Ao longo dos capítulos, serão apresentadas informações sobre a estrutura do órgão federal ao qual a pasta está vinculada, com demonstração de organograma, e também a visão governamental sobre a área, com entrevista cedida pela Coordenadora de EDH no Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, Natamy Bonissoni.
A partir de uma pesquisa realizada pela equipe do Instituto Aurora, junto com um time de voluntárias, foi possível também consolidar informações que apresentam qual é o nível de institucionalização da EDH nos estados brasileiros, tendo como referência a existência ou não de políticas e órgãos estaduais para a manutenção da área.
O encerramento do material traz provocações para o futuro a partir da entrevista com ativistas que defendem a EDH desde o final dos anos 1980. Compartilham suas impressões e proposições, na entrevista final, dois membros da Rede Brasileira de EDH: Aida Monteiro, pesquisadora e professora na UFPE; e Clodoaldo Cardoso, coordenador do Observatório de
EDH na Unesp.
O Instituto Aurora acredita que a EDH é mais do que uma pasta no governo. É um movimento que entende que está aí uma possibilidade de mudança de comportamento para o nosso país, para que possamos viver de forma digna.