1) “Bom dia mãe, tem café?”
Abrindo os olhinhos e com sorrisão.
2) “Tá na hora da escola, vamos?”
O papo tá bom mas…
3) “Vamos ficar um pouquinho aqui na porta, olhando as vans e chupando geladinho?… Por favor, manhê!”
Quando vou buscá-lo na escola.
4) “Quero correr esta prova de corrida amanhã!”
Olhando para o tênis.
5) “Mãe, você está triste ou cansada?”
Com olhinhos preocupados.
6) “Irmãs, parem de brigar.”
Olhar acompanhado de cara brava.
7) “Mãe, quero te ver feliz.”
Olhar mais amoroso do universo.
8) “Meus amigos de escola são a minha vida, a melhor parte de estar neste mundo.”
Essa frase vem acompanhada de gritos e gargalhadas eufóricas.
9) “Não desiste mãe, você é forte.”
Essa frase vem acompanhada de cafuné a noite… fazendo uma força sobre humana.
10) “Eu amo o jeito que você olha pra mim.”
Essa frase sai até faísca nos olhinhos.
2015 foi de luta, amor, sorrisos e muita vontade de viver. E foi bom.
Acreditar, acreditar e acreditar. Essa palavra mágica muda tudo e faz sentido em tudo que uma mãe pode vivenciar com seu filho. Se eu não tivesse acreditado o que seus olhos diziam ele não estaria na escola, na capoeira, na dançaterapia, no ballet, na corrida e na vida.
As palavras mais importantes da sua vida às vezes não vem verbalmente. Eu aprendi a linguagem do amor. Nossos códigos, num infinito mais que particular. E por acreditar no meu filho, o mundo lá fora de nossa casa também passou a ouví-lo.
E será que o Pedro fala? Ele não fala, ele grita! Por vida, pelo seus colegas, pelo seu doce preferido. Ele pede com a alma. E eu tive que respirar e elevar minha energia para entender a sutileza da comunicação que fala além de palavras. Talvez eles, os amados especiais, vêm justamente nos ensinar isso: escutar o que não é falado, mas que explode pelo brilho dos olhos.
Entender isso é ganhar um presente inesquecível nesta vida, todos os dias!
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Pedro Cordeiro
Pedro tem uma síndrome raríssima chamada Aicardi-Goutieres (pouco mais de 80 casos no mundo) e a médica avisou que a média de vida de quem tem a doença era de dois anos. E justamente quando ele tinha dois anos, a mãe propôs um trato: ele iria viver bem, acordar e dormir sorrindo. E assim tem sido. Clique e saiba mais.
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*Todas as imagens são do filme A voz da Pedra.