Talvez sua vida seja cercada de questionamentos sobre a sociedade e contexto nos quais você está inserido. E esse pode ser o início de algo muito maior, o berço de uma ação social transformadora. Como? Eu explico!
Se conformar com as condições impostas à nossa existência nunca foi bom. Por essa e outras razões, questionar o modo de vida das pessoas, a falta de recursos, a inexistência deles e desigualdades presentes em nosso cotidiano, é o começo de uma jornada que pode culminar em grandiosas mudanças. Evidente que antes, é preciso reconhecer as particularidades de cada um. Ninguém é igual, mas todos nós, de maneira individualizada quando em conjuntura social, devemos mover engrenagens a fim de viabilizar a convivência. Assim, a sociedade funciona de maneira mais justa e harmônica.
[highlight]Veja também: 5 filmes imperdíveis sobre voluntariado[/highlight]
Mas como eu posso contribuir com a existência desse tal “mundo melhor” de que tanto falam?
Intrínsecos à vontade de ”sermos bons”, existe uma série de questionamentos que nos levam a perceber algo relevante: não basta ter uma boa postura ajudando alguém que, teoricamente, precisa de nós. É muito mais do que isso. Devemos reconhecer que ainda há, na boa vontade, uma sutil sensação de superioridade que se vale pelo argumento de que se ajudamos, é porque temos mais ou somos mais do que a pessoa contemplada pelo nosso auxílio.
Erroneamente, essas questões nos levam a boas ações, revestidas pelas intenções ruins que culturalmente, guiaram a humanidade.
Nesse momento, nos vemos diante de empecilhos do voluntariado em sua essência: os “porquês”. É importante contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária onde uns não precisem abdicar de seus bens em prol do enriquecimento de outros. Onde mulheres, homens e transgêneros convivam no exercício de seus direitos e deveres, sem disparidades. Onde crianças tenham acesso igualitário a uma educação de qualidade, transformadora, que possa informar, conscientizar e construir. Onde não existam brechas para os julgamentos dos que matam. Onde haja respeito à etnia, idioma, religião & hábitos. Aceitação à diferença.
Que lutemos por um lugar em que predomine a liberdade de crer no distinto. Que possamos presumir em nós, razão e sentimento andando lado a lado. Que lutemos por um mundo onde não haja fronteiras para o conhecimento, onde nossa experiência de vida seja rica de outras experiências, onde exista a coexistência com a natureza: E que possamos cuidar dela, nossa casa. Sem má vontade! Arrumar sempre que estiver bagunçado, como fazemos com nossa cama todas as manhãs. Organizar e estar apto a receber visitas com sorriso cortês e um café.
Porque afinal de contas, pode parecer que somos partículas reduzidas a pó, dentro da imensidão que o mundo representa, e que uma ação é mínima se posta sob a perspectiva de um olhar mais abrangente. Mas agora, é fácil responder os “porquês” de maneira satisfatória.
[highlight]Veja também: Voluntariado, a mola propulsora da cidadania[/highlight]
Precisamos entender o quão importante é TRANSFORMAR, PRODUZIR, CRIAR, MOVER, CAUSAR!
Ainda não está convencido de que sua atitude não se perde na vastidão do universo? Não acredita que ela é grandiosa o bastante para impactar e motivar outras pessoas? Então imagine cebolas!
Talvez devamos pensar em um mundo como uma cebola, cheia de anéis. Se movermos um dos inúmeros que compõem sua estrutura, impossível que ela resista em perfeita forma, sem que isso afete os outros anéis.
Assim é a vida. Sua atitude pequena, talvez até simbólica, se expande de maneira positiva. Para que a analogia fique ainda mais coesa, comecemos por um dos anéis, selecionando-o a fim de ampliar o ato futuramente.
Espero que esse artigo, feito de coração com um carinho especial, possa não somente ter esclarecido algumas obscuridades que afrontam voluntários em potencial. Espero que ele te inspire a MOBILIZAR, REFLETIR e fazer mais! Não pelos outros, afinal, quando ajudamos, estamos na verdade, fazendo mais por nós mesmos. Mais pelo mundo.
Leia mais sobre voluntariado: