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A Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará, é a primeira unidade de conservação (UC) do Marajó a sediar o Encontro dos Saberes em 2024. O evento, promovido pelo componente Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB), do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e apoio do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), ocorrerá no dia 2 de março, às 9h30, na Estação Científica Ferreira Penna do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), dentro da UC.
A iniciativa é um espaço de diálogo entre pesquisadores, monitores da biodiversidade, gestores das unidades de conservação, comunidade local e instituições parceiras a respeito dos resultados do monitoramento participativo da biodiversidade realizado desde 2023 e a relação com as experiências de cada setor sobre a manutenção da biodiversidade local.
“O Encontro dos Saberes é um ambiente de troca entre diferentes agentes sociais que atuam no monitoramento das unidades de conservação. A partir das informações adquiridas com essa troca, criamos um espaço de diálogo entre os conhecimentos científico e o tradicional para propor e encaminhar soluções sobre a melhor forma de proteção e conservação desses territórios”, afirma Débora Lehmann, coordenadora de projetos do IPÊ.
O evento marca a retomada das ações do projeto MPB, finalizadas em 2022 após nove anos de atuação na Amazônia. Nessa nova etapa, o projeto que apoia a implementação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora), do ICMBio, concentra as atividades na Flona de Caxiuanã, que possui atividade de concessão florestal. Um dos objetivos do monitoramento é mensurar o impacto que essa ação gera sobre a biodiversidade local. Por este motivo são monitoradas áreas conservadas e também as áreas de manejo florestal, onde são realizados o monitoramento de plantas, borboletas, aves e mamíferos, realizado por moradores do próprio território.
“O monitoramento é dividido em protocolos básicos e avançados. O protocolo básico de aves e mamíferos, por exemplo é feito a partir da avistagem desses organismos e a contagem de dados (censo). Já o avançado destas espécies, é realizado através do uso de câmeras fotográficas acopladas as árvores, que possibilitam uma janela privilegiada para a observação e pesquisa sobre esses animais, incluindo o período noturno, o que não é registrado no protocolo básico. Com os dois protocolos, o monitoramento fica completo”, explica Débora.
Criada em 1961, a Floresta Nacional de Caxiuanã possui uma área de 330 mil hectares. A unidade de conservação, que ocupa os territórios dos municípios de Portel e Melgaço, no arquipélago do Marajó, é a Flona mais antiga da Amazônia e possui alguns dos ecossistemas naturais mais representativos da região como floresta de terra firme, igapó e várzea. De acordo com o último levantamento do ICMBio, na UC vivem cerca de 118 famílias distribuídas em sete comunidades.
Troca de Saberes
Desde o início da implementação do monitoramento participativo da biodiversidade na Amazônia, em 2013, o IPÊ já realizou 17 Encontros dos Saberes e dois seminários amplos envolvendo diversos parceiros da instituição como lideranças locais, gestores do ICMBio, monitores e pesquisadores. A iniciativa também possibilitou a capacitação para diversos comunitários dos territórios atendidos pelo MPB. Desde a sua implementação, mais de 4.000 pessoas se beneficiaram do projeto.
O Encontro dos Saberes é uma realização do IPÊ em parceria com o ICMBio, Museu Paraense Emílio Goeldi, Benevides Madeiras, Serviço Florestal Brasileiro, Ibama e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com o apoio do Serviço Florestal dos Estados Unidos.
Fonte: IPE
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