ONGs apoiam planejamento estratégico de comunicação para a 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras
O encontro foi realizado pelo Comitê Nacional da Marcha e contou com a presença de mulheres negras gerentes de comunicação de 35 organizações
Em um momento em que o Brasil enfrenta o avanço do autoritarismo, a militarização da educação e a perseguição às discussões de gênero, a ONG Ação Educativa promove mais uma edição do encontro “Ação em Debate”, com o tema “Autoritarismo e militarização na atualidade: uma crítica a partir da perspectiva de gênero”. O encontro acontece no dia 30 de abril, das 19h às 21h, na sede da organização, em São Paulo, e reunirá ativistas e especialistas em um painel seguido do lançamento do e-book “Educar com liberdade, não com medo”.
A proposta do evento é promover um espaço de reflexão crítica sobre o fenômeno da militarização e seus impactos sobre a educação, os direitos humanos e as liberdades democráticas. A partir de uma abordagem interseccional, o debate pretende destacar a importância da resistência construída por mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+ frente à crescente violência de Estado.
“Acreditamos que discutir a militarização do ensino e o avanço de práticas autoritárias é essencial para fortalecer a democracia e garantir os direitos de todos. Este evento é um espaço para diálogo, memória e mobilização, que reafirma nosso compromisso com a educação pública, crítica e emancipadora”, explica Bárbara Lopes, coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa.
Entre as convidadas que compõem o painel estão Ana Flor Fernandes, mestranda em Educação pela USP e pedagoga formada pela Universidade Federal de Pernambuco; Juliana Borges, escritora, ativista abolicionista penal, fundadora e diretora de Programas e Incidência Política do Kuíra Feminista Instituto; Maria Cristina Quirino, mãe do adolescente Denys Henrique Quirino da Silva — um dos nove jovens vítimas do massacre no baile da DZ7, em Paraisópolis —, pesquisadora no Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF/Unifesp); e Neon Cunha, mulher negra, ameríndia e transgênera, conhecida por sua atuação crítica à branquitude e à cisgeneridade tóxicas. Todas possuem trajetória marcante nas lutas sociais, com destaque para o enfrentamento ao racismo, ao sexismo e às políticas de repressão institucional.
O evento marca também o lançamento do e-book “Educar com liberdade, não com medo: Argumentos contra a militarização da educação”, uma publicação que denuncia os impactos do modelo cívico-militar nas escolas públicas brasileiras. A obra estará disponível gratuitamente no site www.generoeeducacao.org.br e articula contribuições apresentadas em audiências públicas e por entidades da sociedade civil.
As inscrições podem ser feitas em: https://bit.ly/acaoemdebate2025
(Assessoria de Imprensa)
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