Nova diretoria da Abong é eleita durante Festival

A Abong (Associação Brasileira de ONGs) elegeu sua nova Diretoria Executiva e Conselho Diretor no encerramento do Festival Abong, realizado entre 13 e 15 de maio, no Espaço MST e na sede da Ação Educativa, em São Paulo. A nova gestão (2025-2027) conta com sete dirigentes, sendo três reeleitos — Juliane Cintra (Ação Educativa), Henrique Botelho (Instituto Pólis) e Keila Simpson (ABGLT) — assegurando continuidade às pautas e ações da organização.

Completam a diretoria: Camila Veiga de Oliveira (Elo Ligação e Organização – BA), Daniela Oliveira Tolfo (CAMP – RS), José Guilherme Carvalho da Silva (FASE – PA) e Nivete Azevedo (Centro das Mulheres do Cabo – PE). Também foram eleitos os novos membros do Conselho Diretor da associação (veja lista completa abaixo).

Debates centrais

O Festival foi um espaço estratégico de articulação política, reunindo representantes de OSCs de várias regiões do Brasil. Foram debatidos temas como participação social e incidência política; estratégias coletivas de comunicação; justiça socioambiental e COP30; fortalecimento das lutas LGBTQIA+; e regulação da inteligência artificial.

A abertura, em 13 de maio, contou com a mesa “Nossa Part! – Participação que transforma”, destacando a necessidade de diálogo entre governo, sociedade civil e financiadores para fortalecer a participação social e a democracia plural, alinhada aos princípios da Abong.

Na sequência, foi reativada a Rede Cardume, durante a mesa “Estratégias coletivas de comunicação e mobilização”. O debate reforçou a comunicação como ferramenta de emancipação e destacou a importância do trabalho em rede, com linguagem acessível e representativa para combater a desinformação e fortalecer narrativas pró-ONGs.

Outro destaque foi a mesa “De Olho nas Articulações: O papel das OSCs no diálogo com o legislativo, executivo e judiciário”, que discutiu a atuação da Aliança pelo Fortalecimento das OSCs, especialmente em questões como reforma tributária e perseguição burocrática.

Encerrando o primeiro dia, a mesa “O impacto socioambiental dos grandes empreendimentos e das mudanças climáticas nos territórios: as OSCs e a COP30” destacou o papel estratégico das organizações no enfrentamento da crise climática, na construção da Casa das ONGs e na defesa de uma democracia ecológica e popular.

O dia terminou com o lançamento da cartilha “O Papel da Sociedade Civil na Política Participativa do Governo Lula III”, que analisa o atual cenário e traça um panorama histórico da democracia participativa no Brasil.

Lutas LGBTQIA+ e regulação da IA

No segundo dia, a mesa “Projeto Pajubá: O fortalecimento de lideranças LGBTs e a ausência de financiamento para a causa” debateu a importância de fortalecer lideranças trans e LGBTQIA+ frente à escassez de recursos e ao avanço da agenda anti-trans. Foram compartilhadas trajetórias de luta e destacada a necessidade de formação para elaboração de projetos, além da defesa do financiamento público aos movimentos sociais.

Ainda em 14 de maio, o Projeto Nanet promoveu a mesa “Tecnologias digitais e direitos humanos: uma agenda em construção pela sociedade civil”, que tratou da governança da internet, direitos digitais e plataformização. A discussão focou nos impactos da digitalização na vida cotidiana, especialmente na defesa dos direitos humanos e digitais, com ênfase na atuação de coletivos de comunicação, mulheres negras, LGBTQIA+, indígenas e operadores do direito.

O dia foi encerrado com o aulão “Governança Algorítmica e Democracia – O papel das OSCs na regulação da Inteligência Artificial no Brasil”, aprofundando a reflexão sobre a construção de marcos regulatórios éticos e democráticos para a IA, com impactos em áreas como educação, saúde, assistência social, meio ambiente e direitos humanos.

Entre os convidados das mesas estiveram Marcio Astrini (Observatório do Clima), Anderson Meneses (Agência Mural), Bianca Kremer (CGI.br), Bárbara Barbosa (Oxfam Brasil), Christiane Ribeiro (Inesc), Fernando Nogueira (ABCR), entre outros.

Eleição da nova diretoria

Em 15 de maio, último dia do festival, foi realizada a Assembleia Geral para associadas, que elegeu a nova Diretoria Executiva e o Conselho Diretor, ambos com mandato para o triênio (2025 – 2027).

Conheça a Diretoria Executiva da Abong (2025–2027):

• Camila Veiga de Oliveira – Elo Ligação e Organização (BA)
• Daniela Oliveira Tolfo – CAMP (RS)
• José Guilherme Carvalho da Silva – FASE (PA)
• Henrique Frota – Instituto Pólis (SP)
• Juliane Cintra – Ação Educativa (SP)
• Keila Simpson – ABGLT (BA)
• Nivete Azevedo – Centro das Mulheres do Cabo (PE)

Conheça o Conselho Diretor (2025–2027):

Bahia / Sergipe

• Débora Rodrigues (BA) – Vida Brasil
• Edmundo Kroger (BA) – CECUP
• Carlos Trindade (SE) – Instituto Braços

Ceará

• Lucia Do Carmo – CDVHS
• Adelle Ferreira – Adelco
• Romária Holanda – Terramar

Minas Gerais

• Ayala Santerio – N’zinga
• Carlos Nagib – ONG Contato

Pará

• Gilvan De Souza – Cedenpa
• Maria Do Socorro – MMCC
• Franquismar De Souza – APACC Cametá

Pernambuco

• Nance Ferreira – GTP+
• Vinicius Gedeão – AFABE

Rio De Janeiro

• Diestefano Sant’anna – Casa da Cultura da Baixada
• Jose Carlos Dionizio – PROFEC

Sul (Rio Grande Do Sul e Paraná)

• Teresa Cristina Bruel (RS) – Coletivo Feminino Plural
• Inácio José Werle (PR) – Assessoar

São Paulo

• Paula Patrone – Cidade Escola Aprendiz
• Paulo Mariante – ABGLT
• Debora Dias – Uneafro Brasil
• Tania Alba – Ação da Cidadania

Conselho De Ética

• Sônia Motta – Cese
• Daniel Souza – Educador e Pesquisador
• Maria José Rosado – CDD
• Ana Gualberto – Koinonia

Conselho Fiscal

• Maria Ribeiro – SMDH
• Célia Gonçalves – Cenarab

(Assessoria de Imprensa)

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